Emmanuel Macron busca novo primeiro-ministro após renúncia de Michel Barnier

O presidente francês Emmanuel Macron se encontrou com aliados e líderes parlamentares na quinta-feira para tentar nomear rapidamente um novo primeiro-ministro para substituir Michel Barnier, que renunciou oficialmente um dia após parlamentares da oposição votarem para derrubar seu governo.

Barnier, um conservador veterano que Macron nomeou primeiro-ministro há apenas três meses , tornou-se o primeiro-ministro com menor mandato na história moderna da França, depois de não conseguir encontrar apoio suficiente para um orçamento destinado a controlar um grande déficit.

O Palácio do Eliseu disse que Macron pediu a Barnier e seu governo que permanecessem como interinos até que um novo governo fosse formado.
Três fontes disseram à Reuters na quarta-feira que Macron pretendia nomear um substituto rapidamente, com uma delas dizendo que queria fazê-lo antes de uma cerimônia no sábado para reabrir a Catedral de Notre-Dame, reformada após um incêndio devastador.

O presidente eleito dos EUA, Donald Trump, está entre os líderes mundiais esperados para comparecer. Aliados no próprio campo de Macron se juntaram ao coro pedindo ação rápida.

Após as eleições antecipadas do final de junho e início de julho, Macron levou quase dois meses para nomear Barnier. “Recomendo que ele proceda rapidamente à nomeação de um primeiro-ministro, é importante, não podemos deixar as coisas no ar”, disse a presidente da Assembleia Nacional, Yael Braun-Pivet, à rádio France Inter antes de se encontrar com Macron por volta do meio-dia.

A França agora corre o risco de terminar o ano sem um governo estável ou um orçamento para 2025, embora a constituição permita medidas especiais que evitariam uma paralisação do governo ao estilo dos EUA.

A turbulência política na França enfraquece ainda mais a União Europeia, que já está se recuperando da implosão do governo de coalizão da Alemanha, e acontece poucas semanas antes de Trump retornar à Casa Branca.

Isso também diminui o governo de Macron, que precipitou a crise com a decisão malfadada de convocar eleições antecipadas em junho, o que deu origem ao parlamento polarizado do país.

O mandato de Macron vai até 2027 e até agora ele não mostrou nenhum sinal de que irá ceder aos apelos da oposição para renunciar, embora uma pesquisa da Toluna Harris Interactive para a emissora RTL tenha mostrado que 64% dos eleitores agora querem que o presidente renuncie.
“O principal culpado pela situação atual é Emmanuel Macron”, disse Marine Le Pen, do partido de extrema direita Rally Nacional (RN), à TF1 TV.
Um presidente francês não pode ser afastado a menos que dois terços dos legisladores decidam que ele falhou gravemente em cumprir seu papel, de acordo com um artigo da constituição nunca invocado.
Qualquer novo primeiro-ministro enfrentará os mesmos desafios de lidar com um parlamento fragmentado, principalmente ao aprovar um orçamento para 2025, em um momento em que a França precisa controlar suas finanças públicas.

Marinha do Brasil tem oficiais que recebem em dólar e altos salários, segundo o Estadão

De acordo com uma matéria desenvolvida pelo jornalista André Shalders do jornal Estadão, a Marinha do Brasil tem oficiais que recebem soldos em dólar e salários que podem chegar a R$ 216 mil por mês.

Segundo a matéria, a Esquadra Naval tinha 820 pessoas em missões no exterior e despesa chegou a R$ 44 milhões no mês. Entre os beneficiados das regalias da Armada está o irmão do chefe do departamento de Comunicação que produziu um vídeo recente falando dos “sacrifícios” da vida na Marinha Brasileira em contraposição a “privilégios” da vida civil.

No fim do filme publicado pela Marinha, uma marinheira questiona: “Privilégios? Vem para a Marinha!”. De acordo com a reportagem, em agosto deste ano, o irmão do chefe do departamento responsável pelo vídeo, que também é da Marinha, recebeu em dólares o equivalente a R$ 216,3 mil líquidos, entre salário, verbas indenizatórias e gratificações.

O Estadão entrou em contato com a Marinha, que justificou as contas no Exterior em acordo com a lei e que a peça busca “destacar e reconhecer o constante sacrifício de marinheiros e fuzileiros navais”.


Após a divulgação do vídeo, a plataforma X destacou uma nota da comunidade dizendo que “o vídeo apresentado não reflete a realidade. Os militares da Marinha recebem benefícios e salários superiores à média da população brasileira. Por outro lado, grande parte dos brasileiros enfrenta jornadas de trabalho longas e exaustivas, com pouco tempo para descanso”.

Segundo a matéria do Estadão, desde março deste ano, o contra-almirante Alexandre Taumaturgo Pavoni é o diretor do Centro de Comunicação Social da Marinha (CCSM), responsável por divulgar as ações da armada brasileira. O departamento foi o responsável pelo vídeo do Dia do Marinheiro deste ano.

O capitão-de-mar-e-guerra Leonardo Taumaturgo Pavoni, irmão mais novo do chefe do CCSM, atuou como assessor do Conselheiro Militar da missão permanente do Brasil junto à Organização das Nações Unidas (ONU), na sede da entidade, em Nova Iorque. Em agosto, recebeu US$ 14.163,58 de salário líquido, e mais US$ 21.593,00 em verbas indenizatórias.

Para maiores detalhes acesse a matéria do Estadão clicando aqui.

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