5 Fuzileiros Navais feridos: Conflito intenso na fronteira Venezuelana

Com base nas informações anteriores publicadas pelo Área Militar sobre o conflito sangrento na fronteira entre Colômbia e Venezuela no beligerante formado por dissidentes das FARC e Forças Bolivarianas de Maduro, as tensões locais parecem não terminar.

Por meio da Operação Escudo Bolivariano 2021, as forças de Maduro vêm executando em larga escala operações contra narcoguerrilhas e grupos dissidentes que estejam atuando dentro do quintal venezuelano.

Crise diplomática da Colômbia com Equador e Venezuela de 2008 – Wikipédia, a enciclopédia livre

Na semana passada, o Ministério da Defesa da Venezuela emitiu um comunicado informando que suas forças haviam travado um intenso combate mortal com grupos armados irregulares colombianos, caracterizados como dissidentes das Forças Revolucionárias da Colômbia – FARC – especificamente em setores desabitados a oeste de La Victoria, município de Páez no estado de Apure.

O comunicado seguia com baixas consideráveis entre os Fuzileiros Navais Bolivarianos, oficialmente chamados de Infantería de Marina Bolivariana (IMB), no total de oito soldados ceifados, segundo fontes locais, após uma emboscada forte numa sexta-feira, 23 de abril, após dois 2 helicópteros das Forças Armadas Bolivarianas liberarem 38 soldados em La Capilla, sendo terrivelmente atacados pela 10ª frente paramilitar das FARC.

A evacuação dos feridos foi extremamente dificultosa, pois as guerrilhas estavam por toda a parte, e após horas de fuga, os fuzileiros adentraram no posto seguro de evacuação em La Charca, posteriomente o alto comando das forças venezuelanas enviaram mais reforços de fuzileiros navais para conter as tensões na fronteira.

O reforço foi visto como alívio para os cidadãos e militares locais, entretanto, de acordo com novas informações levantadas por Felipe Moretti, ao menos cinco militares ficaram feridos diante um novo confronto contra a insistente 10ª frente de dissidentes das FARC, agora no setor de Cañitos de La Víctoría, no estado de Apure.

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Segundo o professor venezuelano, Javier Tarazona, esses confrontos ocorreram durante várias horas na madrugada de 3 de maio, com fortes combates, especificamente nos setores de La Soledad e Los Cañitos.

Segundo dados de organizações venezuelanas, foram registrados 99 pessoas ceifadas, 55 desaparecidos e 28 confrontos armados só em abril, sendo os principais estados afetados de Apure, Táchira e Zulia, que fazem fronteira com a Colômbia; Bolívar e Amazonas, que fazem fronteira com o Brasil, e Falcón, com Aruba e Curaçao ao norte, com aumentos, em alguns casos, acima de 100%.

Colombia's senior FARC dissidents announce their "return to arms" | The City Paper Bogotá

Só em Apure, 16 indivíduos foram ceifados, 40 desaparecidos e confrontos permanentes foram contabilizados, mas não se sabe se os últimos oito fuzileiros bolivarianos ceifados estão nas contagens do governo de Maduro.

Como o Área Militar já havia dito em artigo e vídeo anterior sobre a questão, tanto os dissidentes das FARC quanto o Exército de Libertação Nacional da Colômbia (ELN) terão que ser enfrentados, incluindo os grupos criminosos locais de El Coqui, Tren de Aragua, El Toto e muitas outras no estado Venezuelano, os quais exigirão grandes operações militares e policiais das Forças Armadas Bolivarianas.

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Felipe Moretti
Felipe Moretti
Jornalista com foco em geopolítica e defesa sob registro 0093799/SP na Secretaria de Trabalho do Ministério da Economia. Especialista em análises via media-streaming há mais de 6 anos, no qual é fundador e administrador do canal e site analítico Área Militar. Possui capacidade técnica para a colaboração e análises em assuntos que envolvam os meios de preservação e manutenção da vida humana, em cenários de paz ou conflito.
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