A hipocrisia dos Estilistas ATIVISTAS AMBIENTAIS é responsável pelas montanhas de roupas que formam lixão da moda no deserto do Atacama

A vestimenta desejada, o tamanho ideal e a marca sonhada: não é uma loja grande nem um guarda-roupa generoso, mas o deserto do Atacama, no Chile, se transformou em um lixão clandestino de roupas compradas e vestidas nos Estados Unidos, Europa e Ásia.

Colinas coloridas que crescem com as cerca de 59 mil toneladas que entram por ano na zona franca do porto de Iquique, a 1.800 quilômetros de Santiago.

O consumo excessivo e fugaz de roupas, com redes capazes de liberar mais de 50 temporadas de novos produtos por ano, tem feito com que o desperdício têxtil cresça exponencialmente no mundo, que leva cerca de 200 anos para se desintegrar.

São roupas feitas na China ou Bangladesh e compradas em Berlim ou Los Angeles, antes de serem jogadas fora. Pelo menos 39 mil toneladas acabam como lixo no deserto na área de Alto Hospício, no norte do Chile, um dos destinos finais para roupas “de segunda mão” ou de temporadas anteriores de cadeias de fast-fashion.

Martin Bernetti / AFP – 24.9.2021

Pasmem, os grandes responsáveis são os fabricantes e estilistas da moda que pregam sustentabilidade ecológica no teatro deploratório contra o petróleo, gás, queimada, desmatamento e energia nuclear, com sua famigerada ânsia em mercado consumidor vendem a todo custo seus produtos.

Tais agentes difamatórios agem na hipocrisia, são os mesmos que entram na COP26 e não dirigem suas palavras para criticar os maiores poluidores do planeta, China e Rússia.

O Chile é o maior importador de roupas usadas da América Latina. Há quase 40 anos existe um sólido comércio de “roupas americanas” em lojas de todo o país, que se abastecem com fardos comprados pela zona franca do norte do país dos Estados Unidos, Canadá, Europa e Ásia.

“Essas roupas vêm de todas as partes do mundo”, explica Alex Carreño, um ex-trabalhador da zona de importação do porto de Iquique, que mora próximo a um lixão de roupas. Nesta zona de importadores e taxas preferenciais, os comerciantes do resto do país escolhem as peças para as suas lojas, e aquelas que sobram não podem passar pela alfândega desta região de pouco mais de 300 mil habitantes.

Martin Bernetti / AFP – 24.9.2021

Em outro lugar, Sofía e Jenny, duas jovens venezuelanas que cruzaram a fronteira entre a Bolívia e o Chile há poucos dias, a cerca de 350 km do aterro, escolhem “coisas para o frio” enquanto seus bebês engatinham nas colinas têxteis: “Viemos procurar roupas porque a gente realmente não tem, jogamos tudo fora quando viemos mochilando”.

Com informações de AFP, R7 via Redação Área Militar

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