A Verdade! A Rússia não cortou gás para a Bulgária e Polônia, essas nações que não pagaram a Gazprom!

A guerra em curso no Leste Europeu tem causado grandes efeitos econômicos, bélicos e mentiras.

O conflito no Leste Europeu resultou em efeitos catastróficos para a economia e o modo de relacionamento entre nações em todo o mundo, impondo um alerta vermelho de abastecimento energético e bélico na Europa nunca antes vista após a Segunda Guerra Mundial.

A empresa estatal russa Gazprom interrompeu, em 27 de abril, o fluxo de gás para a Polônia e a Bulgária em uma grande escalada e disse que manterá o fornecimento desligado até que os dois países paguem o combustível em rublos conforme as exigências de Moscou.

Os preços do gás na Europa subiram 20% por conta do conflito iminente no Leste Europeu, apesar de refletir no mundo inteiro que paga o preço pela falta de cordialidade diplomática entre as duas maiores potências, EUA e Rússia.

Diante da subida, os preços logo caíram quando se descobriu que algumas empresas europeias tomaram medidas para atender às demandas de Moscou, reduzindo o risco de um corte mais amplo, são os reflexos da própria série de sanções econômicas internacionais do ocidente impostas contra a Rússia, pagando o preço com a própria moeda.

Neste mundo globalizado não é suficiente possuir dinheiro, é preciso diplomacia e estratégia, talvez Vladimir Putin não acreditava numa guerra estendida como está em curso no Leste Europeu, porém sabe usar suas peças do xadrez e vem tirando vantagens importantes no cenário energético para conter o auxílio bélico da OTAN e dos EUA diretamente para sua vizinha Ucrânia.

A União Europeia ainda não respondeu ao corte da Estatal russa que não recebeu pagamento da Bulgargaz, a empresa da Bulgária, e da PGNIG, a empresa da Polônia, ambas responsáveis por receber os combustíveis da Gazprom, e sem pagamento não há produto.

Esta situação delicada para as duas nações pode se estender ainda às outras da comunidade europeia à medida que tentam levar à risca as sanções, uma burrice que poderá custas milhões de vidas nos próximos meses do fim da primavera e verão europeus.

Autoridades na Europa chamou a ação de Moscou de “chantagem” e realizarão uma reunião de emergência, vale destacar que não foi Moscou que cessou o fornecimento, mas a empresa Gazprom após o não pagamento dos produtos. Ainda não houve nenhuma ação da Alemanha, o país mais dependente do gás russo.

Na semana passada, a União Europeia deixou a porta aberta para um possível compromisso, mas a decisão de fechar as torneiras dos membros da UE, Polônia e Bulgária, provavelmente torna uma solução menos politicamente palatável.

Estima-se que o principal armazém de gás búlgaro está atualmente com 18% da capacidade, e o governo trabalha em alternativas desde o início deste mês para tentar superar a dependência do gás russo, 90% do total consumido na Bulgária.

A capacidade da UE de permanecer unida agora pode ser testada: à medida que os prazos de pagamento começam a vencer, governos e empresas em toda a Europa precisam decidir se cumprem as novas regras ou enfrentam a perspectiva de racionamento de gás.

No mês passado, o presidente Vladimir Putin chocou os governos e os mercados europeus ao exigir que o gás fosse pago em rublos – por meio de um mecanismo complicado que envolve a criação de duas contas bancárias vinculadas para lidar com a transação de câmbio.

A UE, em princípio, rejeitou a exigência, dizendo que violaria as sanções e fortaleceria a mão da Rússia, porém as nações executaram pagamentos através do intermédio de bancos que converteram os valores em rublos, assim repassados a Moscou, muitos utilizaram o próprio banco da Gazprom.

A UE obtém 40% do seu gás da Rússia. Se é para se livrar dessa dependência, precisa buscar sua energia em outro lugar. A questão é, de onde?

O gás já é canalizado da Noruega, mas esses gasodutos já estão operando na capacidade máxima.

A UE obtém relativamente pouco do Mar do Norte. Novos suprimentos terão que vir de mais longe, na forma de Gás Natural Liquefeito, o gás que foi resfriado e liquefeito para ser transportado.

Mas já existe uma competição intensa por suprimentos de GNL de países como Argélia e Catar, e isso está elevando os preços.

Os 50 bilhões de metros cúbicos de gás por ano dos EUA, mais que o dobro da quantidade atual, certamente serão as apostas da Europa, um dos motivos para os americanos não impedirem a Guerra no Leste Europeu.

Também há pontos de interrogação sobre quanto gás os EUA podem fornecer, com que rapidez podem aumentar as exportações para a União Europeia, e quanto custarão esses embarques.

A UE tem desfrutado de gás barato há muitos anos, e agora parece ter aceitado que a era está chegando ao fim e novamente se curvarão aos EUA que vêm dominando e comprando empresas energéticas importantes no Oriente-Médio e África.

Os EUA pressionam as nações europeias a não adotarem qualquer saída para pagar a Rússia. Na semana passada sugeriu que isenções podem ser possíveis. A Uniper SE, uma grande compradora alemã de gás russo, disse acreditar que pode continuar comprando gás sem violar as sanções.

De acordo com uma pessoa próxima à gigante de gás russa Gazprom PJSC, quatro compradores europeus de gás já pagaram pelo fornecimento em rublos e 10 empresas abriram contas no banco próprio da Gazprom, a Gazprombank que lhes permitiriam cumprir as novas regras de pagamento.

A próxima série de pagamentos deve ser paga na segunda quinzena de maio, todos os olhos estão voltados para a Alemanha e a Itália, ambas fortemente dependentes da energia russa.

A jogada de Putin praticamente remove do potencial kit de ferramentas de sanções da UE a opção de sancionar o gás russo.

Quando anunciou a demanda pela primeira vez, Putin disse que a mudança de pagamentos para rublos ajudaria a proteger as enormes receitas de gás da Rússia de sanções ou apreensão pela UE.

A medida também parecia destinada a garantir que a Gazprombank, um dos poucos grandes bancos estatais não atingidos pelas sanções mais severas, permanecesse praticamente intocado.

Putin também destacou repetidamente os custos econômicos e políticos dos preços mais altos da energia na Europa, sugerindo que o Kremlin pode acreditar que os governos ocidentais não serão capazes de suportar a pressão doméstica de um corte enquanto Moscou puder, e assim Putin fará com base em suas Estratégicas Bélica, estendida no Leste Europeu, e Econômica para fortalecer a moeda russa.

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3 COMMENTS

  1. Excelente matéria amigo, parabéns!!! A verdade tem que ser dita!!

    Uma sugestão: Que vc faça dois vídeos por dia, sendo um, se tratando das nossas forças armadas, notícias que acontecem no nosso EB, FAB e MB, em seus programas e projetos como o ProSub, o FX-2 que é dos caças Gripen, do projeto 8×8 que é do novo blindado 8×8, da nossa Amazônia e da guerra contra os guerrilheiros terroristas que sempre confrontam com nossos guerreiros de selva, enfim, tudo sobre nossas forças armadas. E o outro vídeo sendo da geopolítica sobre o que acontece no mundo, como é o caso desta postagem e do último vídeo, que se trata da guerra entre a Rússia e Ucrânia.

    Do mais, meus parabéns pelas publicações de vídeos e da matéria aqui no site.

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Felipe Moretti
Felipe Moretti
Jornalista com foco em geopolítica e defesa sob registro 0093799/SP na Secretaria de Trabalho do Ministério da Economia. Especialista em análises via media-streaming há mais de 6 anos, no qual é fundador e administrador do canal e site analítico Área Militar. Possui capacidade técnica para a colaboração e análises em assuntos que envolvam os meios de preservação e manutenção da vida humana, em cenários de paz ou conflito.
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