Dois residentes de Los Angeles foram acusados de atuar em um esquema dirigido por Pequim visando praticantes do grupo Falun Gong baseados nos Estados Unidos que são proibidos na China, disse o Departamento de Justiça dos EUA na sexta-feira.
John Chen, também conhecido como Chen Jun, e Lin Feng foram presos na Califórnia sob acusações de apoiar os esforços chineses para retirar o status de isenção de impostos de uma entidade americana dirigida por praticantes do Falun Gong, disse o departamento em um comunicado.
O departamento descreveu o esquema como parte de uma campanha mais ampla do governo da China para atingir seus críticos baseados nos Estados Unidos. As acusações foram anunciadas um mês depois que agentes federais prenderam dois residentes de Nova York sob suspeita de operar uma “esquadra de polícia secreta” chinesa no distrito de Chinatown, em Manhattan.
Uma queixa contra Chen e Lin foi apresentada em um tribunal federal no Distrito Sul de Nova York, disse o departamento. A Reuters não conseguiu contatá-los imediatamente ou seus advogados para comentar. A Embaixada da China em Washington não fez comentários imediatamente.
Chen e Lin em 2023 tentaram subornar um agente federal disfarçado que atuava como funcionário do fisco dos EUA para apresentar uma queixa que retiraria a isenção de impostos federais da entidade do Falun Gong, disse o departamento.
Os dois pagaram US$ 5.000 em propinas em dinheiro e prometeram pagar substancialmente mais para avançar com a denúncia ao programa de denúncias da Receita Federal, disse.
Os subornos tinham como objetivo realizar o objetivo da China de “derrubar… o Falun Gong”, disse Chen, segundo o departamento, em uma ligação interceptada. Retirar o status de isenção da entidade aumentaria sua obrigação tributária federal.
O Falun Gong, amplamente baseado na meditação, foi banido pela China em 1999, depois que 10.000 membros compareceram ao complexo da liderança central em Pequim em protesto silencioso. O grupo pediu que as pessoas renunciem ao governante Partido Comunista Chinês.
O governo da China descreveu o grupo como uma organização de culto que ameaça a estabilidade nacional.
