Um sinal sonoro e visual foi tocado na Base Aérea de Moron, na Espanha, na manhã de 06 de março. Uma tripulação de ao menos 10 militares correram para suas salas de equipamentos, vestiram os últimos acessórios dos trajes operacionais que permitem operar a mais de 15 mil metros de altitude e se dirigiram para uma van de translado até suas aeronaves já em prontidão de combate acompanhados de escolta armada da infantaria aérea.
Ao entrarem pela fuselagem inferior, dois dos quatro Bombardeiros Estratégicos Nucleares Americanos B-52H Stratofortress são acionados e taxiam pela Base Aérea espanhola coordenados pelo Comando de Ataque Global da Força Aérea (AFGSC) subordinado ao Comando Estratégico Americano (USSTRATCOM) decolaram rumo a uma missão de treinamento estendido por todo o espaço aéreo da Europa, uma missão vista pela última vez em 25 março de 2022, quase um ano depois.

O B-52H Stratofortress é um bombardeiro pesado de longo alcance que pode executar uma variedade de missões, é capaz de voar em altas velocidades subsônicas em altitudes de até 15.166,6 metros graças aos seus oito motores Pratt & Whitney TF33-P-3/103 turbofan de 17 mil libras de empuxo cada que permite ao dispositivo atingir velocidades de Mach 0,84, em torno de 965 Km/H.
Os dois bombardeiros com designação 60-0026 (NOBLE12) e 60-0056 (NOBLE11) realizaram missões aéreas sobre a Dinamarca sem o Comando tornar público as missões específicas desempenhadas.
Depois da Dinamarca, os dois bombardeiros partiram para o leste sobre o Mar Báltico e prosseguiram para o sudeste sobre a Polônia para uma demonstração de força e treinamento na região, isso porque a Rússia se situa ao lado dos polacos a partir de Kaliningrado, um oblast russo situado entre a Lituânia e a Polônia.
Com base em informações públicas, os bombardeiros não sobrevoaram as fronteiras próximas de Kaliningrado, voaram a 280 Km de distância, isso se deve aos cuidados para não escalar ainda mais os conflitos geopolíticos e diplomáticos entre Moscou e Washington por conta da Guerra em curso na Ucrânia.

As duas aeronaves em operação na segunda-feira possuem capacidade de carregamento muito rápido de bombas nucleares, mas não estavam transportando tais equipamentos. Os B-52 não realizam somente ataques nucleares, podem também, em um conflito convencional, realizar apoio aéreo aproximado, interdição aérea, contra-ataque ofensivo e operações marítimas.
O bombardeiro pode transportar artilharia nuclear ou convencional guiada com precisão com capacidade de navegação de precisão mundial. Por mais de 60 anos, os B-52s têm sido a espinha dorsal da força de bombardeiros estratégicos dos Estados Unidos. O B-52 é capaz de largar ou lançar a maior variedade de armas do inventário dos EUA de até 70 mil libras ou 31.500 Kg de carga útil.
Isso inclui bombas de gravidade, bombas de fragmentação, mísseis guiados de precisão e munições de ataque direto conjunto. Atualizado com tecnologia moderna, o B-52 é capaz de fornecer todo o conjunto de armas desenvolvidas em conjunto e continuará no século 21 como um elemento importante das defesas de nossa nação. A Força Aérea atualmente espera operar B-52s até 2050.
Todos os B-52s podem ser equipados com dois sensores de visualização eletro-ópticos, um infravermelho voltado para o futuro e pods de mira avançada para aumentar a mira, avaliação de batalha e segurança de voo, melhorando ainda mais sua capacidade de combate.
Os pilotos usam óculos de visão noturna, ou NVGs, para melhorar sua visão durante as operações noturnas. Os óculos de visão noturna fornecem maior segurança durante as operações noturnas, aumentando a capacidade do piloto de limpar o terreno visualmente, aumentando o tempo de paz e a consciência situacional de combate da tripulação e melhorando sua capacidade de adquirir visualmente outras aeronaves.
Apenas os dois bombardeiros B-52 que operaram em missão na segunda-feira podem, combinados, transportar até 40 mísseis de cruzeiro de longo alcance e, a partir das regiões da Polônia ou Dinamarca, seriam potencialmente capazes de manter instalações de risco em todo o oeste da Rússia com até seis (6) Megatons de poder explosivo.

Um (1) Megaton (Mt) equivale a 4,184 petajoules ou 1.000 kiloton (Kt) de TNT, para se ter uma ideia a bomba FatMan que explodiu em Nagasaki tinha apenas 22 Kt, assim sendo, 1 Mt de TNT é 45 vezes mais poderoso, e 6 megatons da capacidade dos bombardeiros B-52 equivaleria a 272 vezes mais poder de destruição que a bomba de Nagasaki.
A capacidade de operação do B-52 se estende até 7650 Km de distância, e nestas proporções durante a operação recente sobre os ares da Dinamarca, Mar Báltico e Polônia, foi necessário o reabastecimento aéreo sobre o espaço aéreo polonês, em seguida os dois bombardeiros se separaram, o B-52 60-0057 seguiu rumo ao leste do Mar Báltico sobre as ex-repúblicas soviéticas, e o outro retornou para oeste da Europa.
Depois de circular a oeste de Tallinn, última cidade com porto estratégico sobre o Mar Báltico, o bombardeiro B-52 se posicionou a pouco mais de 400 km de São Petersburgo, a entrada oficial para a nação russa que, nos últimos dias, fechou seu espaço aéreo após um drone circular sobre as regiões de Moscou.
Trata-se de uma missão importante de dissuasão e segurança aos aliados americanos de duas aeronaves mais bem emblemáticas no quesito guerra nuclear e convencional de 48,5 m de comprimento, 56,4 m de envergadura e 12,4 m de altura, reconhecida pelas suas operações bem sucedidas no Golfo Pérsico, especialmente na Operação Tempestade no Deserto, onde os bombardeiros entregaram 40% de todas as armas lançadas pelas forças da coalizão.
Na ocasião, os EUA enfrentaram uma nação sem capacidade de guerra eletrônica, vigilância, reconhecimento, interceptação terra-ar ou ar-ar, e entre outras variantes que compões a guerra convencional e híbrida no atual cenário onde os americanos possuem concorrências no mesmo nível, como China e Rússia.
[…] Antes de eso, los dos bombarderos pasaron por Dinamarca, se dirigieron hacia el este sobre el Mar Báltico y hacia el sureste sobre Polonia, a 280 km del Óblast de Kaliningrado en Rusia. Sin embargo, esta ruta no se hizo pública, sino que fue confirmada por el comando aéreo de la OTAN, según el sitio web. Fuerza aérea. […]
[…] Avant cela, les deux bombardiers sont passés au-dessus du Danemark puis se sont dirigés à l’est au-dessus de la mer Baltique et se sont dirigés vers le sud-est au-dessus de la Pologne à 280 km de l’oblast russe de Kaliningrad. Cet itinéraire n’a pas par contre pas été rendu public mais confirmé par le commandement aérien de l’Otan, selon le site Aera Militar. […]