Após o furto de 21 armas antiaéreas do Exército Brasileiro, 8 foram recuperadas pela Polícia Civil do RJ e militares serão EXPULSOS da Corporação

Não é de hoje que o Exército Brasileiro se torna alvo de criminosos especializados, desta vez o fato ocorreu em Barueri (SP), e a Força Terrestre "puniu" seus militares aquartelando-os.

Apenas oito das 21 armas furtadas do Arsenal de Guerra do Exército Brasileiro em Barueri, em São Paulo, foram encontradas em uma favela da zona oeste do Rio de Janeiro. A informação foi confirmada na quinta-feira, 19 de outubro, pelo Comando Militar do Sudeste (CMSE).

As primeiras informações oficiais foram divulgadas pelo governador do estado do Rio de Janeiro, Claudio Castro, em seu perfil no Twitter. As armas estavam dentro de um carro roubado em Gardênia Azul.

A operação foi realizada pela Delegacia de Repressão a Entorpecentes que encontrou quatro metralhadoras calibre 50 e quatro calibre 7,62 embrulhadas em fitas adesivas muito usadas pelo narcotráfico para embalar drogas, e uma forma de despistar.

Foto: Twitter/X/Governador Claudio Castro

O furto foi “descoberto” pela Força Terrestre durante inspeção realizada na última terça-feira, 10 de outubro, e os militares do Exército observaram a falta de 13 metralhadoras calibre .50 (capaz de alvejar aeronaves acima de 1 km) e de 8 metralhadoras de calibre 7.62.

O Comando Militar do Sudeste (CMSE) emitiu nota informando que todas as armas furtadas são de uso “inservíveis”, ou seja, não funcionavam, e passariam por manutenção, e um inquérito militar seria aberto para apurar as circunstâncias dos fatos.

As armas classificadas como “armas de guerra”, como a metralhadora .50, são usadas com frequência pelo narcotráfico e criminosos especializados em roubo a banco no Brasil.

Grande parte dos equipamentos pesados nas mãos do narcotráfico brasileiro vêm da própria América do Sul, em especial da Argentina e do Uruguai.

No entanto, o fato não pegou bem para a imagem do Exército Brasileiro internacionalmente. Se as armas são “inservíveis”, mas que passariam por manutenção, facilmente os criminosos possuem acesso ou experiência no manuseio do equipamento e deve fornecer condições operacionais aos equipamentos.

A plataforma de notícias mundiais “Ground News” noticiou o ocorrido como “o maior roubo de armas em 14 anos” do Exército Brasileiro.

Outra mídia de notícias internacional BNN noticiou o acontecimento não raro no Brasil, dizendo que o ocorrido se tratou de um “incidente alarmante” que “levou o exército a lançar uma investigação completa”.

Como efeito do furto, o Comando Militar do Sudeste solicitou um grande contingente militar, ao menos 480 militares, no Arsenal de Guerra de Barueri que ficará aquartelado por tempo não informado.

Esse grande número aquartelado é notavelmente uma punição ao incidente que resultou em 21 armas furtadas. Tudo indica que os militares temporários sejam expulsos do Exército e os militares de carreira passem por Conselhos de Justificação ou Disciplina.

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