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Astronautas já danificaram seus capacetes durante missões extraveiculares no espaço

Muitos parâmetros são adotados nas missões espaciais para avaliar em tempo real toda a segurança da equipe, mas problemas graves podem acontecer.

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Os cientistas observaram recentemente pela primeira vez que, em um nível epigenético, os astronautas (ocidente) envelhecem mais lentamente durante viagens espaciais simuladas a longo prazo do que teriam se seus pés tivessem sido plantados no Planeta Terra.

As aventuras espaciais podem ser incríveis aos olhos de leigos ou entusiastas, mas claramente causam efeitos devastadores no organismo humano, desde a degeneração músculo-esquelética a sistema circulatório menos eficiente com o tempo.

Muitos terráqueos possuem dúvidas e curiosidades legítimas sobre o universo, a gravidade, o vácuo, a Estação Espacial Internacional (ISS) e como seriam os efeitos de possíveis problemas em desfavor dos astronautas ou cosmonautas (russo) que tanto temem no espaço e que tanto treinam na terra para serem evitados.

Se o traje espacial ou o capacete do astronautas rasgar ou quebrar em plena caminhada extraveicular (missões fora da espaço-nave)?

Houve alguns casos de danos aos trajes espaciais e capacetes dos astronautas durante as atividades extraveiculares (EVA) no espaço.

Um exemplo notável ocorreu durante a missão STS-37 da NASA em 1991, quando o astronauta Jerry Ross danificou acidentalmente o visor do capacete de seu traje espacial durante uma caminhada espacial.

Especialista em Missão (MS) Steven L. Smith (à direita) remove o capacete da Unidade de Mobilidade Extraveicular (EMU) de Jerry L. Ross após a sua quarta Atividade Extraveicular (EVA) da missão STS-110.

De acordo com relatório da NASA, o visor foi atingido por um objeto enquanto ele trabalhava do lado de fora do ônibus espacial, o que causou uma pequena rachadura no vidro.

Felizmente, a rachadura não afetou a capacidade do visor em proteger o astronauta do ambiente hostil do espaço, e a caminhada espacial foi concluída com segurança.

Outro incidente ocorreu durante a missão STS-121 da NASA em 2006, quando uma pequena quantidade de água foi detectada dentro do capacete do astronauta Luca Parmitano enquanto ele realizava uma caminhada espacial.

O problema foi causado por uma falha no sistema de resfriamento do traje espacial, que levou à acumulação de água no interior do capacete. O incidente foi considerado sério e a caminhada espacial foi interrompida prematuramente para garantir a segurança do astronauta.

A pouco mais de uma hora de caminhada espacial, o astronauta da Agência Espacial Europeia Luca Parmitano (fora do quadro) relatou água flutuando atrás de sua cabeça dentro de seu capacete. A água não era um perigo imediato para a saúde de Parmitano, mas o Mission Control decidiu encerrar a caminhada espacial mais cedo. Foto: NASA/ISS036-E-019555 (16 July 2013)

O astronauta italiano Parmitano passou quase uma hora flutuando no espaço enquanto seu capacete se enchia lentamente de água, até 1,5 litros, engolindo seus olhos, nariz e ouvidos.

E enquanto sua caminhada espacial em 16 de julho terminou com segurança, a NASA agora reconhece que o acidente poderia tê-lo matado.

Esses incidentes destacam a importância da segurança e do treinamento rigoroso dos astronautas em todas as atividades extraveiculares no espaço.

Foram casos em que o contato do vácuo com os astronautas não aconteceu, porém, o que aconteceria se houvesse danos graves no capacete ou traje espacial?

Não é possível retirar o capacete de um astronauta no espaço sem causar danos irreparáveis a ele.

Isso ocorre porque o capacete é projetado para manter uma pressão estável e uma mistura de gases respiráveis ao redor da cabeça do astronauta em um ambiente de vácuo.

Se o capacete fosse removido no espaço, o ar rapidamente escaparia e o astronauta seria exposto ao vácuo. Essa exposição seria fatal em poucos segundos devido à falta de oxigênio e à rápida evaporação dos líquidos do corpo.

Além disso, a remoção do capacete também resultaria em uma queda brusca na pressão sanguínea, o que poderia levar a danos cerebrais e cardíacos.

Por volta de 2005, o programa Mythbusters no Discovery Channel realizou um experimento de interrupção de gases e pressão essenciais a um mergulhador simulando condições de vácuo absoluto, e o desfecho foi assustador como nas imagens abaixo.

Captura de tela do experimento Mythubsters.

Observem que o boneco feito de corantes e gelatina balística simulava o corpo humano, e quando imerso em ambiente de vácuo o efeito é assustador, o liquido interno tendem a sair e evaporar, causando uma grave explosão interna.

Portanto, durante as atividades extraveiculares (EVA) no espaço, os astronautas são rigorosamente treinados para evitar qualquer dano ao capacete, que é um componente vital do traje espacial.

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Felipe Moretti
Felipe Moretti
Jornalista com foco em geopolítica e defesa sob registro 0093799/SP na Secretaria de Trabalho do Ministério da Economia. Especialista em análises via media-streaming há mais de 6 anos, no qual é fundador e administrador do canal e site analítico Área Militar. Possui capacidade técnica para a colaboração e análises em assuntos que envolvam os meios de preservação e manutenção da vida humana, em cenários de paz ou conflito.
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