Um inquérito até então sigiloso da Polícia Federal (PF) mostra que um dos advogados de Adélio Bispo, autor da facada no então candidato a Presidência Jair Bolsonaro em 2018, recebeu R$ 315 mil reais da maior facção criminosa da América do Sul, o Primeiro Comando da Capital (PCC), em 2020.
Consta nas informações divulgadas pela Folha de São Paulo, O principal indício descrito nas apurações da PF, citado pelo juiz Bruno Savino, da 3ª Vara Criminal de Juiz de Fora, são os pagamentos fracionados de R$ 315 mil realizados em 2020 para uma empresa no nome de Fernando Magalhães, um dos advogados da banca que defendeu Adélio até o final de 2019.
De acordo com a Folha de São Pualo, a PF realizou em março deste ano uma mega operação de busca e apreensão para tentar avançar na apuração sobre uma suposta relação do PCC com o pagamento da defesa de Adélio Bispo de Oliveira no caso da facada contra Jair Bolsonaro em 2018.
A ação foi autorizada pela 3ª Vara Criminal em Juiz de Fora (MG), local em que o então candidato foi atacado, a ação mirou um dos advogados que atuaram para Adélio.
O pagamento foi descoberto, segundo a Folha, depois da obtenção de dados do Conselho de Controle de Atividades Financeiras, o Coaf, e que a cúpula da Polícia Federal não concordaria com essas informações preliminares do inquérito.
Segundo a PF, o valor viria de empresas consideradas laranjas e utilizadas pelo “Setor de Ajudas” do PCC, grupo que custeia despesas de integrantes da facção criminosa. Ao que parece, o dinheiro é próximo ao valor máximo citado por Zanone Oliveira Junior, advogado que fez parte da defesa de Adélio, como o que seria cobrado caso tivesse ficado no caso até eventual chegada de recursos ao STF.