Marinha do Brasil tem oficiais que recebem em dólar e altos salários, segundo o Estadão

De acordo com uma matéria desenvolvida pelo jornalista André Shalders do jornal Estadão, a Marinha do Brasil tem oficiais que recebem soldos em dólar e salários que podem chegar a R$ 216 mil por mês.

Segundo a matéria, a Esquadra Naval tinha 820 pessoas em missões no exterior e despesa chegou a R$ 44 milhões no mês. Entre os beneficiados das regalias da Armada está o irmão do chefe do departamento de Comunicação que produziu um vídeo recente falando dos “sacrifícios” da vida na Marinha Brasileira em contraposição a “privilégios” da vida civil.

No fim do filme publicado pela Marinha, uma marinheira questiona: “Privilégios? Vem para a Marinha!”. De acordo com a reportagem, em agosto deste ano, o irmão do chefe do departamento responsável pelo vídeo, que também é da Marinha, recebeu em dólares o equivalente a R$ 216,3 mil líquidos, entre salário, verbas indenizatórias e gratificações.

O Estadão entrou em contato com a Marinha, que justificou as contas no Exterior em acordo com a lei e que a peça busca “destacar e reconhecer o constante sacrifício de marinheiros e fuzileiros navais”.


Após a divulgação do vídeo, a plataforma X destacou uma nota da comunidade dizendo que “o vídeo apresentado não reflete a realidade. Os militares da Marinha recebem benefícios e salários superiores à média da população brasileira. Por outro lado, grande parte dos brasileiros enfrenta jornadas de trabalho longas e exaustivas, com pouco tempo para descanso”.

Segundo a matéria do Estadão, desde março deste ano, o contra-almirante Alexandre Taumaturgo Pavoni é o diretor do Centro de Comunicação Social da Marinha (CCSM), responsável por divulgar as ações da armada brasileira. O departamento foi o responsável pelo vídeo do Dia do Marinheiro deste ano.

O capitão-de-mar-e-guerra Leonardo Taumaturgo Pavoni, irmão mais novo do chefe do CCSM, atuou como assessor do Conselheiro Militar da missão permanente do Brasil junto à Organização das Nações Unidas (ONU), na sede da entidade, em Nova Iorque. Em agosto, recebeu US$ 14.163,58 de salário líquido, e mais US$ 21.593,00 em verbas indenizatórias.

Para maiores detalhes acesse a matéria do Estadão clicando aqui.

Ucrânia receberá US$ 50 bilhões de ativos russos congelados, confirma Blinken

Nas próximas semanas, a Ucrânia receberá US$ 50 bilhões de ativos russos congelados mantidos nos Estados Unidos e na União Europeia, anunciou o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, em 4 de dezembro.

Durante um briefing, Blinken confirmou que os fundos seriam transferidos como parte de um plano coordenado entre os EUA e a UE.

Esses fundos, retirados de ativos congelados em resposta à invasão da Ucrânia pela Rússia, apoiarão a economia e a defesa da Ucrânia nos próximos meses.

“Os US$ 50 bilhões serão alocados para a Ucrânia nas próximas semanas, tanto dos EUA quanto da Europa, fornecendo suporte financeiro essencial para a Ucrânia ao longo do próximo ano”, afirmou Blinken.

Ele enfatizou que esforços contínuos estão sendo feitos para garantir que a Ucrânia tenha os recursos necessários para a estabilidade econômica e defesa.

Os EUA também estão se concentrando em garantir que a Ucrânia receba recursos militares essenciais, incluindo munição, sistemas de defesa aérea, mísseis e veículos blindados, como parte desses esforços.

No início de junho, os países do G7 concordaram em fornecer à Ucrânia um empréstimo de US$ 50 bilhões, parcialmente financiado pelos juros acumulados dos ativos russos congelados.

Presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, enfrenta impeachment após Lei Marcial

Os partidos de oposição sul-coreanos disseram que apresentaram uma moção de impeachment do presidente, Yoon Suk Yeol, por sua curta declaração de lei marcial.

“Enviamos uma moção de impeachment preparada com urgência”, disseram representantes de seis partidos de oposição, incluindo o principal partido Democrata, na quarta-feira, acrescentando que discutiriam quando colocá-la em votação, mas que isso poderia acontecer já na sexta-feira.

Mais cedo na quarta-feira, Yoon enfrentou pedidos para renunciar imediatamente ou enfrentar impeachment após uma tentativa de trazer a lei marcial desencadeou protestos e condenação política. O partido Democrata de oposição liberal, que detém a maioria no parlamento de 300 assentos, disse que seus legisladores decidiram pedir que Yoon renunciasse imediatamente ou eles tomariam medidas para impeachment.

“A declaração de lei marcial do presidente Yoon Suk Yeol foi uma clara violação da constituição. Não cumpriu com nenhum requisito para declará-la”, disse o partido Democrata em uma declaração. “Sua declaração de lei marcial era originalmente inválida e uma grave violação da constituição. Foi um grave ato de rebelião e fornece motivos perfeitos para seu impeachment.”

Em um desenvolvimento posterior na quarta-feira à noite, o ministro da defesa Kim Yong-hyun ofereceu sua renúncia, enquanto enfrentava simultaneamente uma moção de impeachment do partido Democrata. Se Yoon aceitar a renúncia de Kim antes das votações do parlamento, o ministro da defesa não estaria mais sujeito ao processo de impeachment.

A tentativa chocante de Yoon de impor o primeiro estado de lei marcial da Coreia do Sul em mais de quatro décadas mergulhou o país na mais profunda turbulência de sua história democrática moderna e pegou seus aliados próximos ao redor do mundo desprevenidos.

Os EUA – que mantêm cerca de 30.000 soldados na Coreia do Sul para protegê-la do Norte, país com armas nucleares – expressaram profunda preocupação com a declaração, e depois alívio pelo fim da lei marcial.

Os EUA adiaram indefinidamente as reuniões do grupo consultivo nuclear (NCG), um esforço característico de Yoon que visa fazer com que a Coreia do Sul desempenhe um papel maior no planejamento aliado para uma potencial guerra nuclear na península.

A declaração da lei marcial também lançou dúvidas sobre uma possível visita na próxima semana do secretário de defesa dos EUA, Lloyd Austin.

O ministro da Defesa da Coreia do Sul, Kim Yong-hyun, apresentou sua renúncia ao presidente, de acordo com a Agência de Notícias Yonhap, após crescentes críticas à curta lei marcial do líder, que gerou caos político.

 

Os acontecimentos dramáticos deixaram o futuro de Yoon – um político conservador e ex-promotor público que foi eleito presidente em 2022 – em sério risco.

O principal partido de oposição da Coreia do Sul — cujos legisladores pularam cercas e brigaram com as forças de segurança para poder votar pela revogação da lei — anteriormente chamou a ação de Yoon de uma tentativa de “insurreição”.

Ministro da Defesa da Coreia do Sul apresenta renúncia!

O ministro da Defesa da Coreia do Sul, Kim Yong-hyun, apresentou sua renúncia ao presidente, de acordo com a Agência de Notícias Yonhap, após crescentes críticas à curta lei marcial do líder, que gerou caos político.

O presidente Yoon Suk Yeol precisa aprovar a renúncia do ministro antes que ele possa renunciar. O anúncio veio momentos depois que o principal partido de oposição da Coreia do Sul, o Partido Democrático, disse que havia entrado com uma moção para impeachment de Kim.

O chefe do próprio Partido do Poder Popular de Yoon também havia pedido a remoção do ministro da defesa por recomendar a lei marcial. Se a renúncia do ministro da Defesa for aceita e ele renunciar, a moção não será necessária, de acordo com analistas.

Yoon tem enfrentado uma reação cada vez maior em todo o espectro político, inclusive dentro de seu próprio partido, por causa de seu decreto com o líder de seu próprio Partido do Poder Popular pedindo a demissão do ministro da Defesa.

Mais cedo, seis partidos de oposição, incluindo o Partido Democrata, apresentaram um projeto de lei pedindo o impeachment de Yoon. Espera-se que este projeto de lei seja apresentado à sessão plenária na quinta-feira, com votação marcada para sexta ou sábado, de acordo com a Yonhap.

A tentativa chocante de Yoon de impor o primeiro estado de lei marcial da Coreia do Sul em mais de quatro décadas mergulhou o país na mais profunda turbulência de sua história democrática moderna e pegou seus aliados próximos ao redor do mundo desprevenidos.

Síria pede ajuda para Israel em troca da expulsão dos militares do Irã

Agora que Damasco perdeu Aleppo, está claro que o regime sírio de Bashar al-Assad não é estável. No entanto, o regime precisará de toda a ajuda que puder obter do Iraque e do Golfo, bem como de seus aliados no Irã e na Rússia. Mas um pedido formal através de sua linha de contatos próximos surpreendeu o mundo.

O regime sírio está buscando reforçar o apoio na região, pois enfrenta um grande avanço de grupos de oposição no norte da Síria. O regime perdeu a cidade de Aleppo, no norte , no fim de semana e corre o risco de perder Hama, outra cidade-chave.

O regime basicamente controla o oeste da Síria hoje, com o leste da Síria controlado pelas Forças Democráticas Sírias apoiadas pelos EUA e o norte da Síria controlado pela Turquia. Idlib é controlada por Hayat Tahrir al-Sham, o grupo terrorista de oposição ligado aos terroristas Al Qaeda e que liderou o ataque a Aleppo.

O regime sírio entrou em contato com a Rússia, Irã, Iraque e Emirados Árabes Unidos nos últimos dias para obter apoio. O líder do regime sírio Bashar Assad estava na Rússia quando a ofensiva do HTS começou, e o ministro das Relações Exteriores do Irã Abbas Araghchi, compareceu na Síria e disse que manterá os ditos “conselheiros militares do Irã”. Assad também ligou para o líder iraquiano e os Emirados Árabes Unidos.

A surpresa veio com a solicitação de ajuda para nada mais e nada menos Israel. O presidente e ditador Bashar pediu ajuda oficial a Israel para enfrentar o avanço de grupos terroristas de oposição que cercam suas forças, isso foi informado pelo jornal saudita Elaph na noite de segunda-feira.

Chamando isso de “um desenvolvimento notável”, o jornal Elaph citou um oficial de inteligência que revelou que o presidente sírio Bashar al-Assad solicitou ajuda de Israel para enfrentar os grupos de oposição através da Arábia Saudita.

O oficial de inteligência disse a Elaph que a mensagem foi repassada a uma agência de segurança israelense por meio de um aliado de Assad dentro da Europa.

A autoridade disse que Israel respondeu afirmando que não estava particularmente preocupado com o que estava acontecendo na Síria, mas que primeiro exigiria a expulsão de todos os elementos iranianos, incluindo grupos de procuração da Síria, como a Brigada Zaynabiyoun e a Divisão Fatemiyoun, antes de considerar qualquer assistência.

Os grupos, liderados pelo HTS, conseguiram tomar o controle da maior parte de Aleppo antes de avançar em direção a outras cidades e vilas sírias, como Hama e outras, antes de serem detidos pelo reagrupamento das forças de Assad com o apoio de caças russos.

As forças do governo sírio se retiraram completamente das áreas ao redor de Aleppo, que agora estão sob controle da oposição. De acordo com relatos, o exército sírio não estava fortemente presente em Hama antes da ofensiva, com elementos iranianos e grupos de procuração tendo a maior presença sobre a região.

De acordo com a autoridade de segurança, Assad está apostando na postura de segurança de Israel em relação ao seu regime como algo conhecido, em oposição aos grupos de oposição cuja postura em relação a Israel não é clara.

O recém-nomeado ministro das Relações Exteriores israelense, Gideon Sa’ar, declarou que Israel vê os curdos como aliados naturais na região.  “O povo curdo é uma grande nação, uma das grandes nações sem independência política”, disse Sa’ar na cerimônia de entrega que marcou sua posse como ministro das Relações Exteriores. “Eles são nossos aliados naturais.” Sa’ar também disse que Israel “deve estender a mão e fortalecer os laços com eles”.

Os curdos são os maiores aliados dos EUA que lutaram contra o avanço do ISIS sobre o norte da Síria e oeste do Iraque. O HTS e suas tropas de oposição não fazem parte ou aliadas às Forças Democráticas Sírias que também são opositoras de Bashar, mas são aliadas diretas dos EUA e que possuem sua liderança curda, grupo étnico inimigo direto da Turquia, considerado terrorista, portanto, as Forças Democráticas Sírias são inimigas dos turcos.

Até agora, os grupos de resistência curdos têm concentrado sua atenção principalmente no combate aos grupos islâmicos terroristas que os ameaçam e em fornecer segurança e estabilidade em áreas dominadas pelos curdos contra grupos de oposição financiados pela Turquia, como o Exército Nacional Sírio (SNA) e o HTS.

No momento em que este vídeo foi produzido e editado com muita atenção, as Forças Democráticas Sírias (FDS) lideradas pelos curdos anunciaram que havia iniciado uma operação com o objetivo de capturar sete vilas na margem leste do Rio Eufrates, que antes eram controladas por Assad com a ajuda de milícias iranianas, o que poderia colocar em choque direto com os terroristas HTS apoiados pela Turquia.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse no domingo que seu governo está “acompanhando constantemente” a situação na Síria e agindo de forma a proteger os interesses de Israel.

Em outra reviravolta, sabendo que esse avanço terrorista significa problemas futuros para os seus países, os EUA e os Emirados Árabes Unidos discutiram entre si a possibilidade de suspender as sanções ao presidente sírio, Bashar al-Assad, caso ele se afaste do Irã e corte as rotas de armas para o Hezbollah do Líbano.

As conversas se intensificaram nos últimos meses motivadas pela possível expiração, em 20 de dezembro, das sanções abrangentes dos EUA à Síria e pela campanha de Israel contra a rede regional de Teerã, incluindo o Hezbollah no Líbano, o Hamas em Gaza e os ativos iranianos na Síria.

A surpreendente ofensiva dos rebeldes sunitas na Síria revela uma profunda crise na estratégia do Irã, já que os esforços persas no combate a Israel deixaram a República Islâmica esgotada. Os iranianos pagaram um preço muito alto por operar todos os seus agentes contra Israel.

De acordo com um pesquisador do Instituto de Segurança Nacional, o Irã se encontra enfraquecido, “seu comando foi eliminado, seus soldados e comandantes de campo, muitos dos quais estão no Hezbollah, Hamas e outros grupos”. Como resultado, “o Irã está entrando na campanha na Síria em um estado muito fraco, não tem meios de ajudar o regime de Assad de forma alguma”.

Combatentes terroristas sírios começaram os preparativos para tomar Aleppo há um ano, mas a operação foi adiada pela guerra em Gaza e finalmente lançada na semana passada, quando um cessar-fogo foi estabelecido no Líbano.

O Míssil Balístico Hipersônico da Rússia “Oreshnik” atinge temperatura do Sol

Em uma ação extraordinária, a Rússia disparou um míssil balístico hipersônico de alcance intermediário contra uma fábrica de munições na cidade ucraniana de Dnipro em resposta aos desafios impostos pelos EUA e Reino Unido que liberaram ataques dentro da Rússia com armas ocidentais avançadas, em uma nova escalada da guerra de 33 meses.

Esse ataque entrou para a história, um ataque sem precedentes na humanidade, isso porque a Rússia disparou um míssil balístico intermediário projetado para ataques nucleares e nunca antes usado em guerra.

O presidente russo, Vladimir Putin, em um discurso televisionado, disse que Moscou atingiu uma instalação militar ucraniana com um novo míssil balístico conhecido como “Oreshnik” e alertou que mais poderiam ocorrer. No entanto, Putin não detalhou a arma.

“Um conflito regional na Ucrânia, anteriormente provocado pelo Ocidente, adquiriu elementos de caráter global”, disse Putin no discurso à nação. Uma autoridade dos EUA disse que Washington foi pré-notificado pela Rússia pouco antes do ataque, enquanto outra disse que eles informaram Kiev e outros aliados próximos nos últimos dias para se prepararem para o possível uso de tal arma, provavelmente a inteligência americana sabia de mais informações.

Logo que as ogivas caíram em Dnipro, passei a levantar as primeiras informações sobre a nova arma russa e trouxe os detalhes disponíveis na época, certamente você acompanhou aqui no canal. Agora, diante das novas informações, temos a dimensão e poder real desta arma.

O presidente russo, Vladimir Putin, compartilhou mais detalhes sobre o míssil russo “Oreshnik” durante uma visita de Estado ao Cazaquistão. Putin disse que suas forças testaram “o míssil balístico hipersônico não nuclear” Oreshnik com características precisas do poder do novo artefato.

Putin chamou o míssil de “arma de alta precisão e alta potência” e disse que ele “não estava equipado com um dispositivo explosivo nuclear e, portanto, não causa contaminação ambiental”.

Características

Velocidade Mach 20 ou 24.500 km/h
Ogivas ~6 ogivas MIRVs ou 6 grupos de 6 MIRV
Carga útil 800 Kg
Peso míssil 36.000 Kg
Distância 5.800 Km (?)
Comprimento 12 m
Diâmetro 1,8 m
Combustível Sólido em estágios

Mas o que surpreendeu foram os elementos destrutivos das ogivas do míssil que atingem temperaturas absolutamente altas de mais de 4.000 graus Celsius. Para se ter a dimensão do poder, a temperatura na superfície do Sol é de cerca de 10.000 Fahrenheit, ou 5.600 Celsius. A temperatura sobe da superfície do Sol para dentro em direção ao centro muito quente do Sol, onde atinge cerca de 27.000.000 Fahrenheit (15.000.000 Celsius).

Putin declarou que “o dano é substancial”. “Tudo no centro é reduzido a cinzas, quebrando-se em seus componentes elementares, e objetos localizados a uma profundidade de três ou quatro, possivelmente até mais, andares abaixo são afetados”.

Putin também reiterou que o Oreshnik poderia ser tão poderoso quanto um ataque nuclear se vários fossem disparados ao mesmo tempo. Putin não especificou o tipo de estrutura do novo míssil, mas se trata da variante do míssil balístico RS-26 Rubezh, um míssil balístico móvel rodoviário movido a combustível sólido.

Estima-se que tenha 12 m de comprimento e 1,8 m de diâmetro. Ele é supostamente baseado no ICBM RS-24 Yars, mas suas dimensões também são semelhantes ao míssil lançado por submarino Bulava-30. Ele pesa 36.000 kg e carrega uma ogiva nuclear de 800 kg.

Havia uma grande dúvida se o RS-26 carregava uma única ogiva ou múltiplas ogivas MIRV, no final das contas, sem Vladimir Putin especificar, constatou-se que o RS-26 Rubezh e a nova variante hipersônica Oreshnik têm capacidade plena de lançar várias ogivas, alguns descrevem até 6 ogivas MIRVs.

No entanto, o Reiuno Unido descreveu que a carga útil do míssil Oreshnik observada no ataque a Dnipro era de “seis grupos de seis ogivas”, que, segundo ele, viajavam em velocidades hipersônicas antes do impacto.

O alcance potencial do míssil é particularmente importante. Seis grupos de seis ogivas equivalem a 36 submunições de ogivas em um único disparo de míssil, é realmente assustador.

Os especialistas descrevem que o míssil Oreshnik pode ter o potencial de um míssil intercontinental ICBM pela classificação do alcance em torno de 5.800 Km de distância, ou seja, ele pode atingir alvos na Europa e no Reino Unido em velocidades impressionantes acima de Mach 20 ou 24.500 km/h.

Para se ter uma ideia, caso o míssil seja disparo da região norte russa de Murmansk, uma das prováveis bases dos mísseis Oreshnik, em apenas 6 minutos as ogivas atingiriam Londres, Berlim, Paris e outras capitais europeias.

O ex-major-general do Exército australiano Mick Ryan disse que o uso pela Rússia de um míssil com tal alcance potencial foi uma mensagem clara para o Ocidente, dizendo que “Putin não está enviando mensagens apenas para Washington”. “Esta é uma mensagem para a Europa, não apenas sobre seu apoio à Ucrânia, mas também sobre a capacidade e a disposição da Rússia de influenciar políticas relacionadas à defesa e segurança muito além da Ucrânia”.

Um fator importante é a escolha da arma e a mensagem que Moscou pretendia enviar. O lançamento ocorreu logo após o governo Biden autorizar a Ucrânia a disparar mísseis balísticos fornecidos pelos EUA contra a Rússia, e o ataque pode ser interpretado como uma resposta.

Putin aprova gastos recordes com defesa – um terço do orçamento da Rússia

Vladimir Putin alcança os patamares de preparação para a Terceira Guerra e supera o orçamento em defesa da União Soviética antes da Segunda Guerra Mundial, após anunciar um novo orçamento recorde que destina 32,5% do PIB em defesa.

O orçamento de defesa é cerca de US$ 28 bilhões (três trilhões de rublos) maior que o recorde anterior estabelecido neste ano.

O novo orçamento trienal prevê uma ligeira redução nos gastos militares para 2026 e 2027. Os legisladores de ambas as casas do parlamento russo aprovaram o orçamento.

A guerra da Rússia na Ucrânia é o maior conflito na Europa desde a Segunda Guerra Mundial. Moscou está atualmente fazendo ganhos em pontos-chave ao longo das linhas de frente e lutando uma contra-ofensiva na região de Kursk – o local do único grande sucesso militar de Kiev neste ano.

Mas a guerra lenta e desgastante, muitas vezes chamada de guerra de atrito, onde ambos os lados tentam desgastar o outro, esgotou os recursos de ambos os países.

Presidente da Geórgia chama governo de ilegítimo e alega eleições fraudadas

A presidente georgiana, Salome Zourabichvili, chamou o governo do país de ilegítimo e disse que não deixaria o cargo quando seu mandato terminasse no mês que vem, desafiando o primeiro-ministro enquanto ele acusava as forças de oposição pró-União Europeia de planejar uma revolução.

O país do Cáucaso Meridional entrou em crise na quinta-feira quando o primeiro-ministro do Partido Sonho Georgiano, Irakli Kobakhidze, disse que estava interrompendo as negociações de adesão à UE pelos próximos quatro anos devido ao que chamou de “chantagem” da Geórgia pelo bloco, revertendo abruptamente uma meta nacional de longa data.

A adesão à UE é extremamente popular na Geórgia, que tem o objetivo de se juntar ao bloco consagrado em sua constituição, e o congelamento repentino das negociações de adesão desencadeou grandes protestos no país montanhoso de 3,7 milhões de habitantes.

Em um discurso no sábado, Zourabichvili, uma crítica pró-UE do Sonho Georgiano cujos poderes são principalmente cerimoniais, disse que o parlamento não tinha o direito de eleger seu sucessor quando seu mandato terminasse em dezembro, e que ela permaneceria no cargo.

Zourabichvili e outros críticos do governo disseram que a eleição de 26 de outubro, na qual o Sonho Georgiano obteve quase 54% dos votos , foi fraudada e que o parlamento que elegeu é ilegítimo.

“Não há parlamento legítimo e, portanto, um parlamento ilegítimo não pode eleger um novo presidente. Assim, nenhuma posse pode ocorrer, e meu mandato continua até que um parlamento legitimamente eleito seja formado”, disse ela.

Anteriormente, Kobakhidze acusou os oponentes da interrupção da adesão à UE de planejarem uma revolução, nos moldes do protesto de Maidan em 2014, na Ucrânia, que derrubou um presidente pró-Rússia.

“Algumas pessoas querem uma repetição desse cenário na Geórgia. Mas não haverá Maidan na Geórgia”, disse Kobakhidze.

Caças russos e sírios intensificam bombardeios no noroeste da Síria controlado por opositores terroristas

Caças russos e sírios atacaram a cidade rebelde de Idlib neste domingo, no segundo dia de bombardeios intensivos no norte da Síria, com o objetivo de repelir insurgentes que haviam invadido a cidade de Aleppo, disseram fontes do exército sírio.

Moradores disseram que um dos ataques atingiu uma área residencial lotada no centro de Idlib, a maior cidade em um enclave rebelde perto da fronteira com a Turquia, onde cerca de quatro milhões de pessoas vivem em tendas e moradias improvisadas.

Pelo menos quatro pessoas morreram e dezenas ficaram feridas, de acordo com equipes de resgate no local. O exército sírio e sua aliada Rússia dizem que têm como alvo os esconderijos de grupos insurgentes e negam atacar civis.

No sábado, jatos russos e sírios bombardearam outras cidades na província de Idlib, que havia caído completamente sob controle rebelde, no ataque rebelde mais ousado em anos em uma guerra civil onde as linhas de frente estavam praticamente congeladas desde 2020.

Insurgentes invadiram a cidade de Aleppo, a leste da província de Idlib, na noite de sexta-feira, forçando o exército a se remobilizar, no maior desafio ao presidente Bashar al-Assad em anos.
O exército sírio disse que dezenas de seus soldados foram mortos no ataque.

No domingo, o exército disse que havia recapturado várias cidades que tinham sido invadidas nos últimos dias por rebeldes. Os insurgentes são uma coalizão de grupos armados seculares tradicionais apoiados pela Turquia, juntamente com Hyat Tahrir al Sham, um grupo islâmico que é a força militar mais formidável da oposição.

Hyat Tahrir al Sham é designado um grupo terrorista pelos EUA, Rússia, Turquia e outros estados. Assad é um aliado próximo de Moscou. A guerra, que matou centenas de milhares de pessoas e deslocou muitos milhões, continua desde 2011 sem um fim formal. Mas a maioria dos combates principais parou anos atrás, depois que o Irã e a Rússia ajudaram o governo de Assad a ganhar o controle da maioria das terras e de todas as principais cidades.

Minhas notícias Trump alerta os países BRICS contra a substituição do dólar americano e promete taxar o Brasil!

O presidente eleito dos EUA, Donald Trump, exigiu no sábado que os países membros do BRICS se comprometam a não criar uma nova moeda ou apoiar outra moeda que substitua o dólar americano ou enfrentar tarifas de 100%.

“Exigimos um compromisso desses países de que não criarão uma nova moeda BRICS, nem apoiarão nenhuma outra moeda para substituir o poderoso dólar americano, ou enfrentarão tarifas de 100% e devem esperar dizer adeus às vendas para a maravilhosa economia dos EUA”, escreveu Trump em sua plataforma de mídia social, Truth Social.

“Eles podem ir procurar outro ‘otário’. Não há chance de que os BRICS substituam o dólar americano no comércio internacional, e qualquer país que tente deve dar adeus à América.”

Desde janeiro deste ano, o grupo Brics tem dez membros plenos. Além de Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, se uniram ao bloco como membros permanentes Irã, Arábia Saudita, Egito, Etiópia e Emirados Árabes Unidos.

Em outubro, o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva defendeu, em reunião de cúpula dos países do Brics em Kazan, na Rússia, que o bloco de países emergentes avance na criação de meios de pagamento alternativos entre si, fugindo da necessidade de uso do dólar.

O desenvolvimento de um mecanismo de compensação de pagamentos em moedas locais é uma das prioridades do Brasil no Brics, que quer ver o bloco menos dependente do uso do dólar nas suas transações internas.

O Brasil assume a presidência do bloco a partir deste ano e durante 2025, e tem a intenção de acelerar essa proposta e também ampliar a atuação do Novo Banco de Desenvolvimento, o banco do Brics, atualmente presidido pela ex-presidente Dilma Rousseff.

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