Uma das ordens mais aguardada de todas àquelas que Donald Trump assinou desde o início de sua posse estava na suspensão das restrições de Joe Biden que bloqueavam o envio de bombas destruidoras de bunkers para Israel, e a nova decisão de Trump vai entregar tudo, literalmente tudo para Israel.
De acordo com informações da emissora Axios, a Casa Branca de Donald Trump instruiu o Pentágono a liberar imediatamente o bloqueio imposto pelo governo Biden ao fornecimento de bombas de 2.000 libras para Israel.
A decisão do presidente Biden de interromper a entrega de um carregamento de bombas de 2.000 libras em maio passado desencadeou uma das maiores crises que o relacionamento EUA-Israel enfrentou durante a guerra de 15 meses em Gaza.
O Embaixador Israelense nos EUA, Mike Herzog, havia levantado essa questão de desbloqueio no primeiro dia da posse do presidente Donald Trump.
O governo israelense foi notificado pelo Pentágono sobre a liberação na sexta-feira, disse uma autoridade israelense. As autoridades disseram que 1.800 bombas MK-84, que estavam armazenadas nos EUA, serão colocadas em um navio e entregues a Israel nos próximos dias.
O bloqueio, que Biden usou para protestar contra a invasão israelense de Rafah, se tornou um símbolo político muito mais do que uma questão operacional militar, e foi usado pelo primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu para mobilizar os republicanos contra Biden.
O bloqueio, que Biden usou para protestar contra a invasão israelense de Rafah, se tornou um símbolo político muito mais do que uma questão operacional militar, e foi usado pelo primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu para mobilizar os republicanos contra Biden.
Democratas americanos favoráveis às intervenções israelenses contra os terroristas ficaram desconfortáveis e passaram a criticar o então presidente Joe Biden e a então candidata à presidência Kamala Harris.
O governo Biden estava preocupado que o uso de bombas de 2.000 libras por Israel em áreas densamente povoadas de Gaza pudesse causar baixas civis significativas. Netanyahu e seus apoiadores em Israel e nos EUA usaram a decisão de Biden para indicar um “embargo de armas” dos EUA contra Israel.
As bombas são parte de uma série de medidas que o governo israelense aguarda ansiosamente para recompor os estoques em meio ao acordo com os terroristas do hamas para a libertação de reféns e um cessar-fogo temporário.
A equipe de Trump foi a pedra angular no acordo de cessar-fogo, sem ela, liderada pelo enviado especial a Israel, Steve Witkoff, não haveria uma paz temporária e o retorno dos reféns israelenses para os braços dos familiares.
As bombas MK-84 são da família de bombas de uso geral de 2.000 libras, não guiada, de queda livre. As bombas de baixo arrasto de uso geral (LDGP) da série MK 80 são usadas na maioria das operações de bombardeio onde se deseja o máximo de explosão e efeitos explosivos.
As bombas atualmente no inventário dos EUA e de Israel estão inseridas num programa de alta precisão que receberam os sistemas de Munição de Ataque Direto Conjunta, também chamadas simplesmente de JDAM.
Isso significa que as bombas de gravidade (burras) passaram a ter um sistema próprio de orientação e de alta precisão. Israel as empregam contra Gaza e Líbano com suas aeronaves modernizadas F-15, F-16s e F-35.
Quando a bomba MK-84 atinge o alvo é capaz de formar uma cratera de 15 m de largura e 11 m de profundidade, além de penetrar até 38 cm de metal ou 3,4 m de concreto, dependendo da altura de onde é lançado, e causa fragmentação letal em um raio de 370 m.