Chuvas de foguetes! Como os armamentos chegam nas mãos do Hamas?

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As últimas semanas ficaram marcadas no teatro de conflito no Oriente-médio após um contra-ataque furtivo de Israel sobre pontos estratégicos operados pelos terroristas ligados ao grupo Hamas por toda a Faixa de Gaza, especificamente na cidade de Gaza.

É importante destacar que os conflitos não são especificamente entre indivíduos palestinos e israelenses, apesar de ambos não permanecerem em paz sem breve discussão dentro de uma sala, porém, destaca-se o cunho terrorista de ALGUNS palestinos ligados ao Hamas, e como tal, a conversa é o fogo e a fúria bélica.

AP Photo/Khalil Hamra

Realmente não teve outro desfecho, após os céus israelenses serem iluminados por perigosos 2.000 foguetes disparados pelo Hamas e outros grupos palestinos da cidade de Gaza, os sistemas de defesa aérea israelense Iron Dome foram postos em ação após seus radares de varreduras os identificarem e lançaram mísseis guiados que os destruíram em pleno céu.

Nesse início de semana, segundo David Sanger, militares israelenses bombardearam Gaza e o sul do Líbano em resposta aos ataques opostos e terroristas do grupo Hamas dispararam foguetes contra cidades do sul de Israel, horas depois que o presidente Biden expressou apoio ao cessar-fogo durante uma ligação com o Primeiro-Ministro Benjamin Netanyahu.

A IDF divulgou na noite de ontem, 18 de maio, que “esta noite atacamos a quinta fase do metrô do Hamas, desta vez no sul da Faixa de Gaza.

Jack Guez/Reuters)

Cerca de 52 caças de combate israelenses que lançaram 122 armamentos diferentes em 12 km de túneis de combate do Hamas nas áreas de Khan Yunis e Rafah por 25 minutos”.

Amir Cohen/REUTERS

Não é por menos, os túneis são os setores onde o Hamas abriga o maior número de armamentos dos mais variados tipos para serem estocados e usados contra povos israelenses em sua fronteira ou por todo o extenso continente israelita, além disso, vale salientar que o grupo asqueroso usa crianças e civis inocentes, os próprios palestinos, para se protegerem e se autopromoverem, um claro sinal de covardia e subordinação a uma ideologia falida há séculos.

Entretanto, denunciar o uso de foguetes e lançadores, bem como diferentes explosivos do Hamas não é suficiente sem trazer à tona “Como estes armamentos chegam nas mãos dos terroristas?”.

Grande parte dos enferrujados e perigosos armamentos do Hamas foi adquirido pelas rotas secretas e camufladas no exterior, incluindo foguetes Fajr-3 e Fajr-5 do Irã e foguetes M302 da Síria, mas o grupo agora é capaz de produzir foguetes domésticos com alcance de quase 100 milhas, algo em torno de 160 km, tecnicamente colocando a maior parte de Israel dentro do limite, em torno de 97 km de raio que cobre as principais cidades da nação, incluindo Jerusalém e Tel Aviv, um risco iminente.

Para Claire Parker, embora os terroristas costumem contrabandear armas pela fronteira egípcia, essa rota está praticamente fechada desde que o Egito reprimiu a prática depois que o presidente Abdel Fatah al-Sissi assumiu o poder em 2013, entretanto, um fator já conhecido e aprimorado se destaca.

Embora tenha se tornado cada vez mais difícil obter armas totalmente montadas no exterior, os líderes do Hamas, segundo o jornal al-Monitor, mostraram a conquista em infiltrar mísseis Fajr e projéteis antiblindados russos Kornet no interior Gaza por terra e mar em setembro do ano passado.

Se o Egito aumentou a fiscalização sobre todo o território terrestre e na comunhão de forças com Israel pela região do Sinai, o caminho mais evidente seja pelo Mediterrâneo de origens de portos libaneses advindos via terrestre da Síria por meio de financiamento do Irã, uma escala de contrabando complexa e na mira da inteligência do ocidente.

Na atualidade, o Hamas também produz suas armas em instalações fundadas em Gaza usando materiais caseiros e contrabandeados e know-how transmitido do Irã e do grupo militante libanês Hezbollah, também financiado descaradamente pelos persas.

De acordo com o analista independente Fabian Hinz, cinco foguetes exportados e de grande impacto estão sob poder do grupo, o foguete de 107 mm que alcança 8 Km, o de 122 mm para até 40 km, o Fajr-3 com poder de penetração a 43 Km, o Fajr-5 de 75 Km e o foguete ouro M302 sírio operando próximo de 180 Km, capaz de atingir todo e qualquer território israelense.

Dos foguetes exportados, urgem os domésticos no arsenal do Hamas. O número de variantes domésticas está em torno de dez, com destaque ao foguete ainda desconhecido em sua totalidade QASSAM-SH.

Especula-se que esse foguete opere a faixas acima de 120 Km, superando o seu primo A-120 de fabricação palestina do Hamas.

De acordo com o analista da CSIS, Ian Williams, o lançamento de foguetes de Gaza nos últimos dias revelou uma pegada iraniana maior no programa de armas do Hamas, acentua-se assim o financiamento dos persas e a maquinaria secreta de exportação de armas que envolve muitas autoridades multinacionais, desde portos a agentes de fiscalização por mar e terra, até chegar nas mãos dos terroristas, e isso envolve não somente mísseis prontos, mas também artefatos explosivos físicos utilizados para montar foguetes domésticos.

A última notícia que soou no oriente e divulgada pela Reuters veio com o Egito anunciando a transferência de US$ 500 milhões em fundos para o esforço de reconstrução de Gaza após a salva de auto defesa aérea israelense.

Lembrado que Israel e Egito selaram acordo de paz em Washington em 1979, e a transferência não há destino oficial, e sabe-se que a política e território de Gaza são controlados pelo Hamas, assim, há grandes possibilidades da ajuda egípcia cair em mãos palestinas ligadas ao Hamas, causando uma grave e nova crise diplomática entre Israel e Egito.

Com informações complementares NYTimes, Al-Jazeera, Washington Post, Times of Israel, Felipe Moretti

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