Desde o final de 10 de julho, pesados confrontos acontecem entre grupos de terroristas islâmicos e outros militantes apoiados pela Turquia na cidade de Ras al-Ain, no nordeste da Síria, na fronteira com a Turquia.
Um desentendimento pessoal entre as lideranças e disputas por pagamentos é a causa do conflito, que colocou militantes de duas unidades diferentes da Divisão Hamzah em confronto. A Divisão Hamza é uma facção chave do Exército Nacional Sírio (Não confundir com o SAAF, as foças armadas regulares sírias de Assad), apoiado pela Turquia.
Durante os confrontos, várias granadas propelidas por foguete atingiram o portão da fronteira com a Turquia, ao norte de Ras al-Ain e aparentemente nenhum dano foi relatado.
De acordo com relatos de observadores internacionais e informações de moradores locais, a tática de ambos os lados é atacar uns aos outros, atacar os civis e atribuir a autoria dos ataques à facção rival.
المناطق الامنه – رأس العين
اشتباكات بين مجموعتين تابعتين لفرقة الحمزة -بشارع المحطة الجنوبي- في مدينة رأس العين pic.twitter.com/6WCWc8ZEA6
— زينو ياسر محاميد 2011 (@zenhom75) July 10, 2021
De acordo com o Observatório Sírio para os Direitos Humanos, com sede em Londres, um militante foi morto e outros quatro ficaram feridos como resultado dos confrontos.
Os militares turcos e seus representantes ocuparam Ras al-Ain em 20 de outubro de 2019, após uma batalha contra as Forças Democráticas da Síria (rebeldes sírios anti Assad, em partes apoiados pelos EUA e Europa), que mostraram resistência feroz. Dezenas de militantes apoiados pela Turquia foram mortos na batalha.
Desde que caiu nas mãos de militantes apoiados pela Turquia, a situação em Ras al-Ain está instável. Os moradores locais estão relatando violações de direitos humanos regularmente. Além disso, bombardeios e confrontos se tornaram muito comuns. A situação em outras áreas ocupadas pela Turquia no nordeste da Síria não é melhor.
- Com informações SANA Syria, OSHR – Observatório Sírio de Direitos Humanos, France Inter, STF Analysis & Intelligence via redação Orbis Defense Europe.