África do Sul quer mobilizar 25 mil militares para conter distúrbios civis no país

Após a intensificação das revoltas e crescente número de mortos nas revoltas de tribos e gangues BLM sul africans, ontem dia 14 de julho, o governo Sul-Africano está estudando aumentar a mobilização para 25.000 militares em apoio ou substituição das forças policiais. O número inicial era 2.500, depois aumentou para 5.000, mas isso evidentemente não surtiu efeito.

Os violentos motins e saques estão em seu sexto dia, em meio a temores de escassez de alimentos e combustível, à medida que os distúrbios na agricultura, manufatura e refino de petróleo começaram a piorar.

Oficialmente 72 pessoas morreram, mas fontes independentes avaliam pelo menos 150 mortos, dezenas de milhares de feridos e mais de 1.200 pessoas foram presas, de acordo com dados oficiais.

O governo disse que 208 incidentes de saques e vandalismo foram registrados apenas ontem dia 14 de Julho, mesmo com o número de tropas engajadas no controle do distúrbio inicialmente dobrou para 5.000.

As multidões que estão promovendo toda a destruição e assassinatos são gangues de tribos nativas diversas, que declaram seguir a doutrina “BLM” sul-africana, os “Burn-loot-murders”, uma adaptação mais violênta do Black Lives Matters. Essas gangues exigem mais privilégios sociais e reivendicam a posse de territórios residenciais e comerciais dos cidadão brancos que ainda habitam algumas regiões da Africa do Sul, assim como a autonomia administrativa do governo, pois tencionam criar estados independentes.

A parte mais impressionante é que as forças policiais pouco ou nada fazem para conter os saques, e em alguns caso até colaboram com os criminosos, pois estas possuem grande maioria de integrantes com ligações familiares com as gangues BLM que promovem os distúrbios.

A Ministra da Defesa, Nosiviwe Mapisa-Nqakula, disse ao parlamento que ela “apresentou um pedido de destacamento de pelo menos 25.000” militares. O envio de tropas somente é autorizado pelo presidente.

Durante 6 dias, o órgão regulador de bens de consumo do país estimou que mais de 800 lojas de varejo foram saqueadas.

O presidente Cyril Ramaphosa se reuniu com líderes de partidos políticos e advertiu que partes do país “podem em breve ficar sem provisões básicas, devido à extensa interrupção das cadeias de abastecimento de alimentos, combustíveis e medicamentos”.

A operadora de logística estatal Transnet declarou “paralização po força maior” em uma importante linha férrea que liga Joanesburgo à costa por causa dos distúrbios.

Na cidade portuária de Durban, centenas de pessoas faziam fila do lado de fora das lojas de alimentos horas antes da inauguração, enquanto filas de carros também se formavam do lado de fora dos postos de combustível, observou um fotógrafo da AFP.

Imagens de multidões de saqueadores carregando geladeiras, grandes televisões, fornos de microondas e engradados de comida e álcool foram um choque visceral para muitos sul-africanos.

O novo rei da comunidade zulu, Misuzulu Zulu, disse que a violência trouxe “grande vergonha” para seu povo.

“Este caos está destruindo a economia e são os pobres que mais sofrerão”, advertiu o monarca, que exerce influência moral sobre os zulus, mas não tem poderes executivos.

“Este é um dano econômico sem precedentes que está ocorrendo”, concordou Mohale.

  • Com informações African News, Reuters, AFP, France Inter, Redes Sociais e STF Analysis & Itelligence via redação Orbis Defense Europe.

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