Após policial ser degolada na França, governo orienta polícias a evitar abordagem de muçulmanos

Após uma agente policial ser morta degolada na França em um ataque de um terrorista islâmico, agindo aparentemente em célula (solitário), o governo francês através das prefeituras departamentais (equivalentes às administrações estaduais) teria orientado as polícias (nacionais, judiciárias e municipais) a evitar a abordagem de muçulmanos para controles policiais de todo o tipo durante o período do Ramadã, devido ao risco de “rebeliões” e/ou outros ataques contra policiais e bombeiros.

De acordo com o “Syndicat indépendant des Commissaires de Police” (Delegados de Polícia), “Syndicat France Police policiers en colère” e  o “Syndicat Alliance Police Nationale”, a orientação governamental foi divulgada de maneira ostensiva mas muito discreta, já antes do início do Ramadã (mês de jejum diurno para reflexão da religião islâmica), e foi reforçada novamente agora depois do ataque terrorista que vitimou uma policial e está motivando a indignação nacional de policiais e da população que tomou conhecimento do caso.

Até o momento o único policial que ousou exibir o print do email com as orientações e/ou determinações do governo sobre evitar o controle de musulmanos durante o Ramadã (foto abaixo) foi o policial civil Philippe Payri, que o mostrou para a revista “Boulevard Voltaire” em uma entrevista em vídeo, que está no final da matéria. Por exibir o documento ele arrisca desde sanções diciplinares básicas e até mesmo pelo menos 4 anos de prisão ou mais, sem direito a sursis, de acordo com as novas leis que proíbem a divulgação de imagens de documentos e de ações policiais na França.

Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=hlvSHegidUo&t=34s

Abaixo, uma das muitas publicações das mídias francesas sobre um ataque recente, contra Gendarmes (Policiais Militares) e Bombeiros, sem razão aparente. Ataques como esse são uma infeliz rotina nas periferias das grandes cidades francesas:

Nessa semana na cidade de Rambouillet uma policial foi assassinada no interior de uma delegacia aos grito de “Allah Akbar” por Jamel Gorchene, um tunisiano. Stéphanie M., a policial agente administrativa, tinha 49 anos e dois filhos com 13 e 18 anos e nunca efetuou trabalhos de policiamento ostensivo e não possuia antecedentes de conflitos ou abusos de poder na função, sendo considerada uma policial padrão exemplar e discreta.

O ataque aconteceu por volta de 14h20 do dia 23/04 sexta-feira, quando a agente policial Stéphanie M., 49, aproveita om momento de folga para trocar o cartão de estacionamento de seu carro, estacionado na rua. Quando ela volta para a porta da delegacia, um homem a espera para entrar no saguão para empurrá-la para dentro. Ele o esfaqueou duas vezes na garganta, gritando “Allahu akbar”, de acordo com testemunhas no local.

O terrorista ainda tentou atacar outros policiais, mas foi neutralizado por  policiais que reagiram rapidamente ao ataque, disparando suas armas contra o terrorista islâmico.

De acordo com denúncias de policiais aposentados ligados aos Sindicatos de Polícias da França, o terrorista islâmico estaria sendo observado conjuntamente pela DCPJ (Polícia Judiciária) e à DGSI (Direction générale de la sécurité intérieure – ou serviço secreto de segurança interna da França), mas nunca foi detido para interrogatórios ou teve sua permanência irregular na França questionada.

Abaixo, publicação de rede social do “Syndicat France Police policiers en colère”, denunciando a situação de laxismo e impedimentos judiciários da Justiça  e do governo francês para não efetuar os controles policiais aos  musulmanos e residentes de bairros considerados de maioria islâmica em àreas de risco nas grandes cidades da metrópole:

De acordo com a Promotoria Nacional de Combate ao Terrorismo; O tunisiano Jamel Gorchene, de 36 anos, teria chegado à França em 2019 de maneira totalmente ilegal e clandestina, provavelmente com ajuda de ONGs que colaboram com a travessia de imigrantes ilegais no Mar Mediterrâneo, e teria beneficiado em 2019 de uma autorização de residência de trabalhador excepcional com status de refugiado, e a seguir conseguiu uma autorização de residência temporária em dezembro de 2020, válida até 25 de dezembro de 2021 (Titre de sejour, equivalente ao green-card dos EUA).  Ele residia em Champigny-sur-Marne (94) ele trabalhava como motorista de entrega.

A última página visualizada no smartphone do agressor era um vídeo referindo-se à jihad islâmica e vídeos de “grupos BLM” com discursos de ódio aos brancos:

Abaixo, as manifestações superficiais e pouco significativas das autoridades quando tomaram conhecimento do ataque e da morte da policial:

O terrorista islâmico Jamel G. é de M’saken, também é de M’saken que Mohamed Lahouaiej-Bouhlel era originalmente, que dirigiu com um caminhão no meio da multidão em 14 de julho de 2016 em Nice, matando mais de 80 pessoas em um dos mais terríveis atentados do terrorismo islâmico na Europa.

Jamel G. é natural de M’saken, uma cidade comercial próxima ao balneário de Sousse, na costa leste da Tunísia, onde sua família ainda vive em uma casa modesta. Ele teria pelo menos uma irmã e dois irmãos, incluindo um gêmeo.

Um primo, Noureddine, encontrado pela AFP, o descreveu como “alguém muito calmo, não particularmente piedoso”, mas ele não o via há muito tempo . Um de seus cunhados disse à AFP que tinha vindo recentemente para a Tunísia por duas semanas e que estava “deprimido” na época.

Investigadores da Direção Central da Polícia Judiciária (DCPJ) e da Direção Geral de Segurança Interna (DGSI) estão trabalhando para esclarecer o caminho de Jamel G., se as pessoas também o ajudaram ou encorajaram em seu projeto. contatos com membros da esfera jihadista.

Abaixo; uma publicação que explica a motivação do ataque do terrorista islâmico. Uma recompensa de 60 mil em Bitcoin prometida pela Al Qaeda:

Abaixo, print com a foto do terrorista islâmico em uma mesquita no dia anterior do ataque:

Abaixo, vídeo do Policial Civil Phillippe Payri, o único até o momento que ousou mostrar o documento para uma grande revista francesa (Boulevard Voltaire) mesmo sabendo que pode enfrentar sanções diciplinares ou até mesmo a prisão por exibir documentos reservados ao grande público:

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