Coreia do Norte lança novo míssil hipersônico e preocupa a Ásia

Kim conduziu um teste de lançamento de um novo "míssil hipersônico" chamado Hwasong-8, de acordo com a agência estatal KCNA.

Os sinais são confusos. Um dia, a Coreia do Norte está criando esperanças de diálogo com a Coreia do Sul e, no outro, está disparando mísseis ou exibindo o mais recente armamento de seu arsenal nuclear.

Só na semana passada, o governo de Kim Jong-un sugeriu a possibilidade de conversações em cúpulas inter-coreanas e disse que reabriria novos centros de linhas diretas de comunicação demolidos em junho do ano passado.

No início de setembro, Kim promoveu o lançamento espetacular de míssil balístico de um trem que saiu de um túnel na montanha, no mesmo dia em que chamou o presidente do Sul, Moon Jae-in, de “estúpido”.

Também disparou mísseis de cruzeiro de longo alcance, e testou um novo conceito de míssil antiaéreo que nem mesmo grandes nações possuem, deixando toda a Ásia em alerta.

A Coreia do Norte entrou definitivamente na corrida armamentista hipersônica com Rússia, China e EUA.

A nação com armas nucleares conduziu um teste de lançamento na terça-feira, 28 de setembro, de um novo “míssil hipersônico” chamado Hwasong-8, de acordo com a agência estatal KCNA.

O Hwasong-8 era coberto por uma ogiva de veículo deslizante hipersônico (HGV), que se comporta como transportador a velocidade de pelo menos cinco vezes a velocidade do som, ou Mach 5, e são altamente manobráveis.

Trata-se de um míssil muito mais difícil de ser rastreado e interceptado do que os mísseis balísticos intercontinentais, que seguem trajetórias previsíveis.

Os Estados Unidos, Rússia e China priorizaram o desenvolvimento de armas hipersônicas nos últimos anos.

Os yankees, por exemplo, têm trabalhado em uma série de designs hipersônicos diferentes na última década, por exemplo, e obtiveram um sucesso importante com um deles, o Hypersonic Air-breath Weapon Concept, durante um teste na semana passada, segundo anúncios de oficiais do Pentágono na última segunda-feira, 27 de setembro.

Segundo as últimas informações do evento, a Missão da Coreia do Norte com o míssil Hwasong-8 foi a partir da costa leste do país, um teste bem sucedido.

No primeiro lançamento de teste, cientistas da defesa nacional confirmaram o controle de navegação e estabilidade do míssil na seção ativa e também suas especificações técnicas, incluindo a manobrabilidade de orientação e as características de voo planado da ogiva de planagem hipersônica destacada.

Especialistas externos não têm tanta certeza da veracidade dos fatos. O especialista em mísseis Chang Young-keun relatou que o Veículo Deslizante do Hwasong-8 atingiu uma velocidade máxima de apenas Mach 2,5 durante o teste, citando análises da inteligência militar sul-coreana, o que deixa os norte-coreanos muito irritados.

A atual tecnologia do veículo planador de Kim não é comparável aos veículos dos EUA, Rússia ou China e, por enquanto, parece ter como objetivo o curto alcance que pode atingir a Coreia do Sul ou o Japão, força a Ásia a aumentar sua atenção ao país mais fechado da região.

Como observou alguns especialistas, o teste foi o terceiro lançamento de míssil que a Coreia do Norte realizou em setembro, sugerindo que o país pode estar acelerando alguns de seus programas de armas.

O trabalho nesses programas prosseguiu apesar das inúmeras sanções impostas nos últimos 15 anos pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas, bem como pelos Estados Unidos e alguns de seus aliados.

A Coreia do Norte é uma autocracia isolada dirigida pelo líder supremo Kim Jong-un. Nos últimos anos, as principais autoridades do país se entregaram repetidamente às propagandas e mensagens diretas contra os inimigos do país, por exemplo, ameaçando transformar as principais cidades dos EUA em “mares de fogo”.

Esta ânsia por ataque reflete o mecanismo de defesa da nação para se livrar de possíveis invasões ou ataques diretos econômicos e bélicos das grandes nações. Foi somente no governo de Trump que Kim decidiu sentar e dialogar frente a frente.

Alguns funcionários não identificados e próximos da grande cúpula de Cingapura entre Kim e Trump afirmaram que assessores até convidaram Kim a assistir jogos da NBA em pleno solo americano.

A Coreia do Norte possui armas nucleares, o que dá uma vantagem a essas ameaças e explica por que os especialistas rastreiam os programas de foguetes e mísseis do país com tanta assiduidade.

Mais uma vez, a Coreia do Norte está adotando uma estratégia bem definida e dupla, projetada para permitir que ela flexione seus músculos militares sem correr o risco de retaliação ou impedir as chances de diálogo.

Na ausência de negociações com Washington, os testes de mísseis lembraram ao mundo que a Coreia do Norte está desenvolvendo armamentos cada vez mais sofisticados, capazes de lançar ogivas nucleares.

Mas, individualmente, esses mísseis de curto alcance ou ainda em desenvolvimento não representam uma ameaça direta aos Estados Unidos.

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Com informações complementares de NYT, Space, 38North, CSIS, Felipe Moretti

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