Diplomatas americanos sofrem ataques de radiação na Áustria

As armas de energia dirigida vêm sofrendo melhorias e aprimoramentos nas principais potências pelo mundo e se tratam de armas de longo alcance que objetivam atingir alvos com energia altamente focada, incluindo feixes de partículas, laser e micro-ondas.

EUA, Rússia, Reino Unido e Israel avançaram na tecnologia de feixe nos últimos anos, principalmente contra mísseis de médio alcance e embarcações marítimas, mas de 2016 até os dias atuais os armamentos avançados estão sendo utilizados contra autoridades diplomáticas, gerando diversos sintomas, como zumbido alto, seguido de náuseas e tonturas, confusão e desorientação, que se revelam em um quadro inconclusivo de alguma doença, sendo então definido pelas autoridades americanas de Síndrome de Havana.

A Síndrome de Havana deriva seu nome da capital cubana, Havana, onde oficiais da CIA e funcionários do Departamento de Estado Americano passaram a relatar experiências estranhas e sensações de som e pressão em suas cabeças em 2016 e 2017.

Alguns dos pacientes disseram que as sensações pareciam segui-los em suas casas, apartamentos e quartos de hotel na capital. Alguns dos pacientes descreveram se sentir como se estivessem sob um feixe invisível de energia.

Muitos deles sofreram de sintomas debilitantes, desde dores de cabeça e vertigens até problemas de visão. Especialistas do Centro de Lesões e Reparos Cerebral da Universidade da Pensilvânia, nos Yankees, usaram ressonâncias magnéticas avançadas para estudar os cérebros de quarenta dos pacientes que estiveram na ilha caribenha.

Os médicos não encontraram sinais de impacto físico nos crânios dos pacientes – era como se eles tivessem “uma concussão sem concussão”.

Na época, Donald Trump foi enfático contra os ditadores cubanos, acusando-os da aplicação do armamento de micro-ondas e, como já esperado, eles recusaram qualquer ataque de feixe direcionado.

Após anos, novamente a Síndrome de Havana surge entre autoridades de nível sensível dos EUA, agora na Áustria, que está trabalhando arduamente em conjunto com a inteligência americana para chegar ao fundo de uma série de casos suspeitos que surgiram em Viena, durante o complexo debate para renascer o Acordo Nuclear JCPOA com o Irã.

O secretário de Estado Americano, Antony Blinken, havia dito que seu país está realizando uma análise em todo o governo sobre quem ou o que causou o que suspeita serem ataques “dirigidos” de radiação não ionizante por micro-ondas contra diplomatas norte-americanos.

Acredita-se que desde o momento que o presidente Joe Biden assumiu o cargo em janeiro, cerca de duas dúzias de oficiais de inteligência, diplomatas e outras autoridades norte-americanas manifestaram sintomas semelhantes aos da síndrome de Havana, tornando-a o segundo maior hotspot depois de Havana.

Outrora um centro de intriga durante a Guerra Fria, Viena sempre foi alvo injusto, e hoje é o centro de várias agências da ONU e da Organização para Segurança e Cooperação na Europa, o que significa que países maiores como os Estados Unidos e a Rússia costumam ter três embaixadores e uma grande presença diplomática lá.

Seriam os russos por trás dos ataques? Haja vista que Cuba possui grandes laços com o Kremlin, então não seria difícil a entrada de agentes com equipamentos avançados de micro-ondas na ilha cubana, e no caso da Áustria a situação é ainda mais fácil, já que a nação, especificamente na região de Viena, a atividade diplomática e de espionagem é vultosa, já que muitos espiões operam sob cobertura diplomática, só do lado americano há 158 diplomatas.

A pergunta é: Por que somente membros americanos se tornaram sintomáticos?

É importante destacar que em outros momentos houve casos relatados na Rússia, China e em outras partes do mundo também contra americanos, e o Comitê de Inteligência do Senado Americano afirmou em abril que o número de casos suspeitos parecia estar aumentando.

Assista no final deste vídeo o som exato gravado pelos agentes americanos em Cuba.

Em junho de 2018 o Departamento de Estado emitiu o retorno imediato de diplomatas em Guangzhou, na China, por temer que eles estivessem sofrendo de sintomas semelhantes.

De acordo com relatos da inteligência norte-americana, novos eventos do tipo ocorreram no final do ano passado em áreas de alta segurança do país, nada mais e nada menos que nos arredores da Casa Branca, diversos funcionários do Conselho de Segurança Nacional foram afetados.

Em maio, dois oficiais de defesa não identificados disseram que o Pentágono estava redigindo um memorando para toda a força de trabalho civil e militar dos EUA, pedindo aos funcionários que relatassem qualquer sintoma anômalo de saúde que pudesse indicar que eles foram vítimas da Síndrome de Havana, que atingiu diplomatas e espiões dos EUA e militares em todo o mundo nos últimos anos.

Com informações da Reuters, Departamento de Estado Americano, NewYorker, NYT, CNN News, via Redação Área Militar

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