O diabólico torpedo russo Poseidon “30 vezes maior que um Torpedo Pesado”

Ao construir sua marinha no início da Guerra Fria, a União Soviética concentrou seus maiores esforços na produção de um grande número de submarinos e seus pares, como torpedos, já que nas circunstâncias econômicas daqueles anos a produção em grande escala de submarinos era praticamente o único método de enfrentamento das ameaças navais.

De acordo com estudos de Pavel Rumyantsev, mais tarde, a partir de meados da década de 1960, a União Soviética adquiriu uma grande frota oceânica de superfície, embora os submarinos desempenhassem e continuem a desempenhar um papel de liderança na estratégia naval da frota nacional.

Portanto, sua eficiência influencia significativamente as capacidades da marinha da Federação Russa.

Assim, em paralelo aos mísseis balísticos, os torpedos representam a principal arma da maioria dos submarinos, um dos instrumentos de ataque mais eficientes no mar durante a guerra.

Claramente, a capacidade dos torpedos como principal arma dos submarinos é um dos fatores que determinam a eficiência do Poder Naval Russo.

Diante das circunstâncias, a Rússia elaborou um incrível torpedo que se enquadra na arma mais furtiva e diabólica de todos os tempos, expressando preocupação ao Ocidente, especialmente os EUA, diante da super-arma russa.

Trata-se do Torpedo 2M39 Poseidon, uma das seis novas armas estratégicas anunciadas pelo presidente russo, Vladimir Putin, em 2018, atualmente em estágios avançados e finais de desenvolvimento.

De tão grande que é o tamanho do Poseidon, cerca de 2 metros de diâmetro e mais de 20 metros de comprimento, parece um pequeno submarino, que pode ser usado como dissuasor nuclear contra bases hostis e estações navais imóveis, de preferência.

Assim, o Poseidon é o maior torpedo já desenvolvido em qualquer país, tem aproximadamente o dobro do tamanho dos mísseis balísticos lançados por submarino (SLBMs) e trinta vezes o tamanho de um torpedo “pesado” normal.

A arma é vista principalmente como parte do dissuasor nuclear da Rússia, e nesse contexto, o torpedo atuará como uma arma do Second Strike, atingindo centros populacionais costeiros como Nova York e Los Angeles.

Sua falta de dependência de satélites e o fato do Poseidon literalmente passar despercebido pelas defesas antimísseis torna uma morte lenta e inevitável.

Classe Borei-A

Os militares russos sabem que não será um substituto aos mísseis balísticos lançados por submarino e a Rússia ainda está planejando substituir completamente os submarinos de mísseis balísticos mais antigos restantes pelos novos submarinos classe Borei-A e Oscar II, como o Belgorod, o único até o momento que receberá os Poseidons.

Fontes oficiais russas o posicionaram repetidamente como um sistema multifuncional com uma função antinavio nuclear tática, mostrado em grupos de batalha de porta-aviões. Sua utilidade contra alvos móveis é menos clara, mas mesmo assim deve ser levada a sério.

A capacidade do novo dispositivo naval furtivo russo ainda é muito desconhecida, não é bem compreendida, mas além de ser um torpedo autônomo, que lhe garante contornar defesas inimigas, é movido a energia nuclear e também armado com uma ogiva nuclear.

Seu lançamento e funcionamento são sinônimos de um torpedo com armamento nuclear avançado e sofisticado com um rendimento de explosão especulado na casa de incríveis 2 a 100 Megatons, só 2 megatons equivale cerca de 133 vezes a bomba lançada em Hiroshima.

De acordo com a agência de inteligência norueguesa, o Poseidon é real, e faz “parte de um novo tipo de armas nucleares de dissuasão, e está em fase de testes. É um sistema estratégico, é direcionado a metas… e tem uma influência muito além da região onde está sendo testado”, no caso o Ártico, com claros indícios de implantação no Oceano Pacífico.

Os submarinos da classe Oscar II podem carregar quatro torpedos Poseidon ao mesmo tempo, com um rendimento total de até 400 megatoneladas.

Uma característica importante do torpedo está na sua capacidade de emprego fixo no fundo do mar, não se trata de uma mina, é um posto de lançamento imóvel baseado em contêiner conhecido como Skif, permanecendo estacionado e pronto para lançamento passe o tempo que for.

Acredita-se que o navio auxiliar russo ZVEZDOCHKA 600 do Projeto 20180 com capacidade de quebrar gelo está sendo usado para testar os torpedos Poseidons.

Embora as especificações permaneçam confidenciais, os especialistas afirmaram que Poseidon parece ser um minissubmarino robótico em forma de torpedo, que pode viajar a velocidades de 185 km/h, com versões que sugerem uma velocidade máxima de 100 km/h com alcance de 10.000 km e profundidade máxima de 1.000 m.

O Poseidon é uma verdadeira arma de guerra naval que impõe medo aos seus rivais no Pacífico, embora muitos o analisam como “DRONE SUBAQUÁTICO”, é um torpedo autônomo nuclear de alta destruição costeira, seja contra embarcações imóveis, infraestruturas navais bélicas ou contra metrópoles das grandes potências.

Imagens do momento de um teste russo conduzindo um Torpedo Poseidon:

Com informações complementares de HI Sutton, Ministério da Defesa da Rússia, Felipe Moretti

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Felipe Moretti
Felipe Moretti
Jornalista com foco em geopolítica e defesa sob registro 0093799/SP na Secretaria de Trabalho do Ministério da Economia. Especialista em análises via media-streaming há mais de 6 anos, no qual é fundador e administrador do canal e site analítico Área Militar. Possui capacidade técnica para a colaboração e análises em assuntos que envolvam os meios de preservação e manutenção da vida humana, em cenários de paz ou conflito.
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