Toda ação do caça da Força Aérea Brasileira que abateu avião do Narcotráfico

A Força Aérea Brasileira mantém os 22 milhões de quilômetros quadrados de território nacional protegido e sempre vigiado, e após identificar um avião ilegal no espaço aéreo brasileiro, a FAB iniciou o abate.

O Brasil possui incríveis 22 milhões de quilômetros quadrados que a Força Aérea Brasileira (FAB) precisa defender a todo instante, e para que isso seja possível, existe o serviço de Alerta de Defesa Aérea, que consiste em uma atividade de patrulhamento do espaço aéreo brasileiro.

De modo ininterrupto, todos os esquadrões de Defesa Aérea, como por exemplo, os Esquadrões Flecha e Grifo, mantêm aeronaves e equipes de voo dedicadas a responder diuturnamente, no menor tempo possível, a qualquer demanda relacionada à defesa aeroespacial, seja para averiguar algum tráfego suspeito, seja para auxiliar aeronaves amigas.

Na noite do dia 7 de setembro, dia em que a nação brasileira comemorava a tão aguardada lembrança da Independência do Brasil, a Força Aérea Brasileira, por meio de seus radares em Estações e da aeronave de alerta aéreo antecipado E-99 do Esquadrão Gavião, observou um avião de pequeno porte Cessna 172, avaliado em R$ 1 milhão, sobrevoando ilegalmente o norte do Mato Grosso, após cruzar a fronteira.

Existe um decreto que estabelece as medidas a serem adotadas em caso de aeronaves suspeitas, o decreto 5.144, de 2004, e divide os procedimentos nas categorias de averiguação, intervenção, persuasão e destruição.

Caso a aeronave interceptada se recusar a cumprir as determinações da Defesa Aérea Brasileira, ela pode sofrer medidas de detenção ou destruição, cujo objetivo principal é interromper a continuidade do voo ilícito no interesse da segurança nacional.

Os disparos de armamento devem ser utilizados como último recurso, a ideia é que os tiros causem danos e impeçam o voo da aeronave hostil, e só pode ser autorizado pelo Comandante da Força Aérea Brasileira.

Diante disso, os magníficos caças turbohelices A-29 Super Tucano dos esquadrões Flecha e Grifo foram acionados para interceptar o avião estranho próximo da fronteira boliviana.

Foi mantido contato tanto visual quanto verbal, através de rádio, entre pilotos brasileiros da FAB e o piloto do avião ilegal, entretanto, não houve qualquer resposta às ordens dos militares e o Cessna 172 manteve seu curso rumo a local desconhecido.

O próximo passo seria o cumprimento das medidas de intervenção, que podem incluir a exigência de mudança de rota da aeronave suspeita ou o pouso obrigatório em alguma localidade determinada pela autoridade de Defesa Aeroespacial, para que sejam realizadas as Medidas de Controle de Solo (MCS), ou seja, fiscalização.

Diante da ameaça, a Força Aérea iniciou sua salva de tiro de aviso, em acordo ao Decreto 5.144, mesmo assim o piloto não obedeceu ao comando, todo o contexto foi repassado de imediato ao comandante da Força Aérea Brasileira, Tenente-Brigadeiro do Ar Carlos de Almeida Baptista Junior, após o avião se tornar hostil.

O Comandante autorizou então o tiro de misericórdia no avião, assim um Super Tucano disparou um segundo tiro, atingindo a aeronave carregada de cocaína.

O piloto, um boliviano, não conseguiu controlar totalmente o Cessna que estava avariado após o tiro, e então pousou em uma área irregular de terra em Mato Grosso e ficou de cabeça para baixo.

Um apoio de solo foi acionado, e a Polícia Federal compareceu ao local e identificou o Cessna com 296 Kg de cocaína e 1 Kg de maconha, e para espanto, o criminoso havia fugido.

A caça ao piloto boliviano não parou, e na tarde dessa quarta-feira, 8 de setembro, a Polícia Militar de Mato Grosso prendeu, em Campo Novo do Parecis, a 250 km da fronteira com a Bolívia, um homem suspeito de envolvimento no caso e que acreditam ser o piloto.

Segundo a Corporação, o indivíduo também portava a mesma substância encontrada na aeronave e, por isso, foi encaminhado à Polícia Federal. A carga apreendida foi avaliada em R$ 7,4 milhões, um prejuízo e tanto ao narcotráfico que sustenta o Brasil e prejudica nossa sociedade.

O fato foi amplamente noticiado, inclusive foi parabenizado pelo Presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, durante sua live semanal de quinta-feira, 9 de setembro, que também explicou como se dá a intervenção e abate de aeronaves criminosas como essa.

De acordo com a Aeronáutica, a ação faz parte da Operação Ostium para coibir ilícitos transfronteiriços, na qual atuam em conjunto a Força Aérea Brasileira e a Polícia Federal, e contou com o apoio do Grupo Especial de Fronteira (GEFRON)/MT, do Centro Integrado de Operações Aéreas (CIOPAER)/MT e das Polícias Militares dos estados do Mato Grosso e do Mato Grosso do Sul.

Para o Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE), os radares identificaram a aeronave entrando no espaço aéreo brasileiro, e como não houve contrato do avião diante das indagações dos militares, a aeronave descumpriu todas as medidas de policiamento realizadas, mostrando-se hostil.

Mais um trabalho incrível de nossa Força Aérea Brasileira que mantém os 22 milhões de quilômetros quadrados de território nacional protegido e sempre vigiado, dia e noite, 24 horas por dia, esta é a Dimensão 22.

Veja imagens exclusivas do ocorrido:

Com informações Força Aérea Brasileira, Felipe Moretti

Patrocinado por Google

Deixe uma resposta

Felipe Moretti
Felipe Moretti
Jornalista com foco em geopolítica e defesa sob registro 0093799/SP na Secretaria de Trabalho do Ministério da Economia. Especialista em análises via media-streaming há mais de 6 anos, no qual é fundador e administrador do canal e site analítico Área Militar. Possui capacidade técnica para a colaboração e análises em assuntos que envolvam os meios de preservação e manutenção da vida humana, em cenários de paz ou conflito.
ARTIGOS RELACIONADOS

Descubra mais sobre Área Militar

Assine agora mesmo para continuar lendo e ter acesso ao arquivo completo.

Continue reading