O evento, chamado de Save America (Salve a América), marca o retorno do Ex-presidente Donald Trump aos rally, ou comícios, que marcaram toda a sua campanha desde a primeira eleição. Agora o objetivo é retomar o Partido Republicano dos chamados RINOs, sigla para Republicanos apenas no nome, considerados como os traidores internos do partido por apoiarem pautas democratas e rejeitarem o movimento iniciado pelo Ex-presidente.
Vale lembrar que o sistema americano é mercado pelas primarias internas dentro dos partidos, o que possibilita um “limpeza” pelo próprio eleitorado nas próximas eleições.
Depois da recente derrota nas eleições de 2020, numa eleição ainda suspeita, os democratas formaram a chamada supermaioria: controlam a Casa dos representantes, o que equivale a Câmara dos Deputados, o Senado e a Casa Branca. Dentro do sistema americano, todos os representantes são trocados a cada dois anos, bem como um terço do senado. Isso possibilita que já em 2022 os republicanos retomem o Senado e conquistem a Casa, assim barrando medidas mais radicais do atual governo Biden-Harris.
Já em relação a corrida presidencial, que ocorrerá em 2024, Trump aparece nas pesquisas como o favorito do Partido Republicano, seguido por Ron DeSantis, atual governador da Flórida e figura próxima do Ex-presidente. As pesquisas também mostram que em uma eventual disputa entre Trump e Kamala Harris, a atual Vice-presidente, o republicano ganharia a disputa com 49% dos votos, em clara vantagem aos 45% da possível candidata democrata.
O discurso feito em Ohio, um dos estados em que a eleição é mais apertada, foi marcado pelo otimismo. De caráter populista, Trump relembrou sua reforma tributária, o maior corte de impostos da história americana, e os bons números do emprego americano advindos de suas políticas. Em vários momentos houve grande apelo as classes trabalhistas, que após a mudança de discurso democrata de aproximação das causas progressistas, começou a se aproximar do Partido Republicano.
Trump também afirmou que trabalhará para fazer a China pagar “trilhões” em reparações pela pandemia, assim garantindo que os EUA, e não a China, continuem como a grande potência.
Também foram feitas pesadas críticas ao atual Presidente Biden, principalmente em relação a atual crise imigratória. Afirmou que defenderá a soberania e as fronteiras americanas.
Atacou o monopólios das Big Techs, a cultura do cancelamento e defendeu a liberdade de expressão.
Afirmou que resguardará os valores Judaico-cristãos, bem como a constituição e a bandeira americana, identificando-os como os princípios fundadores dos EUA. Também defendeu a volta da educação patriótica que rejeita as teóricas de raça e enaltece a historia nacional.
O discurso de mais de duas horas foi marcado as fortes referencia a Ronald Reagan, o mais famoso presidente americano ao lado de Lincoln, e terminou com o bordão de campanha nós vamos fazer a América grande novamente!
-Felipe Neves
