F-39 Gripen: dois anos em céus brasileiros

No mês de Setembro fez exatamente dois anos que chegou ao Brasil o primeiro exemplar do caça multimissão F-39 Gripen.

Neste mês de Setembro fez exatamente dois anos que chegou ao Brasil, o primeiro exemplar do caça multimissão F-39 Gripen, avião que pelas próximas décadas será a espinha dorsal e a ponta da lança da Aviação de Caça da Força Aérea Brasileira.

Para celebrar este fato marcante e o aniversário de 12 anos de criação do site Aviação em Floripa, brindamos nossos leitores com uma matéria especial, na qual vamos mostrar um pouco da história e detalhes da aeronave, protagonista do principal e mais importante programa de modernização da Aviação de Caça da FAB nas últimas décadas.

O site Aviação em Floripa realizou um incrível artigo a respeito da história e as características do F-39 Gripen brasileiro, desde a sua concepção na empresa sueca SAAB até a conformação de Gripen NG para o cenário brasileiro.

O começo de tudo

No final da década de 90, a primeira linha da Defesa Aérea brasileira era composta pelos supersônicos Dassault Mirage IIIE/D e Northrop F-5E/F Tiger II, classificados, dentro da hierarquia cronológica e de desenvolvimento tecnológico que se convencionou utilizar para esta categoria de aviões, como caças de segunda e terceira gerações, respectivamente. Além dos dois, a aviação de combate da Força Aérea Brasileira utilizava o subsônico A-1, resultado de uma parceria industrial entre Itália e Brasil, uma aeronave sem dúvida mais recente e moderna, porém, não propriamente dita “de caça”, tendo seu emprego primário voltado para missões de Ataque ao Solo, Interdição do Campo de Batalha e Reconhecimento Tático. Enquanto isso, as grandes potências já voavam aviões de quarta geração ou um aprimoramento desta (chamada de 4,5 ou 4+) e já começavam a sair das pranchetas projetos de quinta geração, capitaneados pelo Lockheed F-22 Raptor dos Estados Unidos, inaugurando uma revolução e uma nova era nos modos de voar e lutar para se obter a supremacia dos céus. Junto a esta nova geração de aviões de caça, seguia em paralelo o surgimento de doutrinas e táticas de combate aéreo, explorando todas as capacidades tecnológicas e de armamentos à disposição destas aeronaves, sobretudo os conceitos chamados de BVR (Beyond Visual Range, ou Além do Alcance Visual), baseado no engajamento e destruição do inimigo a longas distâncias e NCW (Network Centric Warfare, ou Guerra Centrada em Redes), conectando diferentes meios aéreos, navais e/ou terrestres no campo de batalha, buscando uma resposta mais rápida, eficaz e coordenada das ações.

FAB
FAB
Adquiridos durante a década de 70, o Mirage III e o F-5 Tiger II (acima), colocaram a FAB na era supersônica e representavam, à época do início do Programa F-X, seus principais vetores para a defesa do Espaço Aéreo brasileiro.
https://www.electricalelibrary.com/en/2018/10/01/jet-fighter-generations/
Linha evolutiva das gerações de caças a jato através do tempo, de acordo com o desenvolvimento tecnológico.

Atenta a tudo isso e buscando diminuir o gap tecnológico, a Força Aérea Brasileira, após a realização de diversos estudos técnicos, lançou em 2001 o Programa F-X, visando a modernização de sua aviação de combate, com o objetivo de substituir, em um primeiro momento, os Mirage III e a médio prazo, os F-5 Tiger II.

Durante os quatro anos seguintes, o processo de seleção do futuro caça da FAB passou por altos e baixos, com diversas propostas e concorrentes se apresentando para obter o milionário contrato, sem contudo, se chegar a um consenso e o programa acabou sendo cancelado no início de 2005.

No ano seguinte (já com os Mirage III fora de serviço), as discussões foram retomadas e uma nova licitação lançada, agora denominada de F-X 2. Novos requisitos técnicos foram elaborados e novos candidatos apresentaram-se para a disputa, na figura dos europeus EF-2000 Eurofighter (Reino Unido/Espanha/Alemanha/Itália), Dassault Rafale (França) e Saab Gripen NG (Suécia), dos estadunidenses Boeing F-18E/F Super Hornet e Lockheed Martin F-16C/D Fighting Falcon, mais o russo Sukhoi Su-35 Super Flanker.

Após extensa análise das propostas que deveriam contemplar além das aeronaves, um amplo e completo pacote que envolvia a transferência de tecnologia e compensações comerciais (chamadas de offset), chegou-se a uma lista reduzida de aviões, sobrando na disputa, o Boeing Super Hornet, o Dassault Rafale e o Saab Gripen NG.

Finalmente, em Dezembro de 2013, o caça sueco foi anunciado como o vencedor do Programa F-X 2, com a aquisição inicial de 36 unidades, sendo 28 monopostas e 8 bipostas.

Para conferir o artigo completo acesse o artigo direto na íntegra no site Aviação em Floripa clicando AQUI

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