Dias atrás, o Área Militar destacou a grave situação na fronteira venezuelana de Apure com a Colômbia, um conflito armado entre as Forças Bolivarianas de Maduro e dissidentes das FARC, que resultou em 8 militares venezuelanos ceifados após uma operação mal sucedida. Posteriormente, o alto comando de Maduro, liderado por Vladimir Padrino López, autorizou o complemento da força na fronteira com mais fuzileiros navais para reprimir a violência e as atividades ilegais que vêm assumindo posição suburbana.
Após o fortalecimento da força, o conflito continuou em madrugada de 3 de maio, com fortes combates, especificamente nos setores de La Soledad e Los Cañitos, não houve soldados ceifados, mas cinco foram feridos.
De acordo com informações levantadas pelo canal, o alto comando emitiu um novo envio de um contingente de milicianos para lutar em Apure devido à recusa de muitos oficiais em participar das operações que estão sendo travadas. Só em Apure, 16 indivíduos foram ceifados, 40 desaparecidos e confrontos permanentes foram contabilizados, mas não se sabe se os últimos oito fuzileiros bolivarianos ceifados estão nas contagens do governo de Maduro.

O governo de Maduro permanece em pé mesmo diante da crise profunda que assola a nação, inclusive recebe apoio de celebridades que até então faziam parte de quadros policiais nos EUA, como o ator Steven Seagal que visitou recentemente a Venezuela em nome do Ministério das Relações Exteriores da Rússia e deu a Maduro uma espada.
Segundo a organização Intersos, mais de 5.000 migrantes fugiram da nação após os confrontos na fronteira com a Colômbia e agora estão em assentamentos.
Durante semanas, milhares de pessoas ficaram amontoadas na fronteira entre a Venezuela e a Colômbia, com mulheres, homens e crianças fugindo dos confrontos armados que ocorreram na cidade de La Victoria, no estado de Apure.

As operações na região mostraram lados sombrios e tristes. As forças de segurança venezuelanas cometeram algumas atividades flagrantes contra residentes locais. As forças de segurança venezuelanas iniciaram a ofensiva no estado de Apure em 21 de março de 2021, com o suposto propósito de combater grupos armados.

A Human Rights Watch relatou que a operação resultou na execução de pelo menos quatro camponeses, detenções arbitrárias, julgamento de civis em tribunais militares e tortura de moradores acusados de colaborar com grupos.
Os abusos seguem um padrão semelhante ao dos abusos sistemáticos que levaram a investigações internacionais sobre possíveis crimes.
De acordo com Javier Tarazona, há poucas horas um Helicóptero chegou ao hospital militar de San Cristóbal, presume-se que transportava militares feridos gravemente, pode ser dos confrontos nas últimas horas do estado de Apure.

É importante sublinhar o envolvimento do governo passado e atual venezuelano com as FARC. Alguns documentos do grupo armado foram apreendidos em 2011 durante uma operação de Forças Especiais Colombianas, os conteúdos indicavam que o presidente venezuelano, Hugo Chávez, ofereceu, em 2007, uma ajuda de US$ 300 milhões (R$ 483 milhões) às FARC.
A violência não se limita neste momento apenas na Venezuela e na sua extrema fronteira sudoeste, o presidente colombiano Iván Duque havia emitido uma tentativa de reforma tributária no país que gerou uma onda de protesto e ataques entre cidadãos que resultou em cidades devastadas por saques, roubos e diversos outros crimes absurdos, como ao vídeo abaixo.
Os protestos populares contra a agora derrotada reforma tributária do governo da Colômbia resultaram na pior crise política e social enfrentada pelo presidente Iván Duque e deixaram pelo menos 19 ceifados e mais de 700 feridos.