Emilian Gebrew sobreviveu a duas tentativas de assassinato que usaram agentes nervosos semelhantes aos usados na tentativa de assassinar o ex-agente russo Sergei Skripal no Reino Unido.
Numa entrevista ao Financial Times, ele também afirma que a inteligência russa se infiltrou no governo búlgaro porque as autoridades até agora não foram capazes, ou talvez não quiseram, investigar e determinar as circunstâncias exactas dos ataques às suas instalações.
— A Bulgária (estava) demasiado exposta e tinha uma abordagem negligente ao assunto, oferecendo aos agentes do GRU condições confortáveis para operar livremente, disse Gebrew.
— Não houve resultados em nenhum dos cerca de uma dúzia de casos relativos a atos terroristas russos e redes de espionagem na Bulgária, acrescentou o búlgaro. — Todas as investigações foram interrompidas ou paralisadas e nenhuma foi levada a tribunal.
Desde 2011, ocorreram inúmeras explosões nas fábricas da Emco, incluindo uma explosão num armazém em junho deste ano. As autoridades búlgaras registaram pelo menos quatro incidentes em que foram destruídas remessas destinadas à Ucrânia e à Geórgia.
De acordo com Veselin Ivanov, porta-voz do Ministério Público búlgaro, seis agentes do GRU foram acusados de ligação com os incidentes. No entanto, sublinhou as dificuldades de levá-los à justiça porque a Rússia não extradita os seus cidadãos.
Embora não seja possível provar as alegações de infiltração russa no governo local, a Bulgária continua a ser um dos países mais corruptos da UE. Também tem havido especulações de que a falta de ação e competência do sistema judicial levou a um aumento da atividade russa no país.
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