A nona reunião do grupo, que inclui representantes da Polónia, Roménia, Bulgária, Hungria, Eslováquia, Ucrânia e Comissão Europeia, teve lugar na quarta-feira. A Polónia foi representada pelo embaixador Andrzej Sadoś.
De acordo com informações do PAP, Sadoś perguntou à CE que factores levaria em conta na tomada de decisões – se seriam dados de exportação, preços ou questões políticas discricionárias. A Polónia acredita que o embargo deve ser prorrogado porque os dados concretos o apoiam. De acordo com informações não oficiais do PAP, o representante da CE concordou com os representantes dos países fronteiriços na reunião.
A decisão será anunciada pelo chefe da Comissão Europeia
Na sexta-feira, o tema dos grãos ucranianos voltará a aparecer na reunião dos embaixadores da UE “27” em Bruxelas.
A decisão sobre a prorrogação ou não do embargo será provavelmente anunciada pela chefe da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen. – Há uma dúvida sobre os seus compromissos políticos. Segundo relatos de agosto, baseados em entrevistas com conselheiros do presidente ucraniano, Von der Leyen teria prometido que o embargo terminaria em 15 de setembro. Por um lado, existem dados concretos sobre exportações e preços, por outro, há um ponto de interrogação sobre o factor político – disse uma fonte diplomática da UE ao PAP na quinta-feira.
– As exportações de cereais ucranianas estão a crescer. Portanto, o lado ucraniano não pode argumentar que os cinco países fronteiriços estão a bloquear alguma coisa, acrescentou a fonte.
Ucrânia se opõe à extensão do embargo aos grãos ucranianos
O embargo às importações de trigo, milho, colza e girassol da Ucrânia para a Bulgária, Hungria, Polónia, Roménia e Eslováquia foi introduzido pela Comissão Europeia no início de maio, como resultado de um acordo com estes países sobre produtos agroalimentares ucranianos. Inicialmente, a proibição durou até 5 de junho e depois foi prorrogada até 15 de setembro. Trânsito de grãos pelos territórios dos chamados países da linha de frente é permitido.
O primeiro-ministro Mateusz Morawiecki anunciou na sexta-feira em Tomaszów Lubelski que no dia 15 de setembro, ou a Comissão Europeia fechará a fronteira aos cereais provenientes da Ucrânia durante os próximos meses, ou o próprio governo polaco a fechará. Na terça-feira, o Conselho de Ministros polaco adotou uma resolução apelando à Comissão Europeia para prorrogar a proibição de importações após 15 de setembro. Sublinhou que, se isso não acontecer, a Polónia introduzirá tal proibição a nível nacional.
A Ucrânia opõe-se à prorrogação do embargo aos cereais ucranianos. Tal como anunciou o primeiro-ministro Denis Shmyhal, a Ucrânia solicitará arbitragem à Organização Mundial do Comércio (OMC) se a Polónia bloquear unilateralmente a exportação de cereais ucranianos.
O Parlamento búlgaro concordou na quinta-feira em levantar a proibição às importações de grãos ucranianos após 15 de setembro, pelo que Sófia tomará uma posição em Bruxelas contra a prorrogação do embargo.