“Na década de 1990, todos sabiam para onde íamos. Agora é uma marcha para o desconhecido. Ouvimos falar de como deveria ser, mas ninguém sabe como será”, disse Deripaska.
O bilionário disse que após o colapso da URSS, os russos tiveram “modelos”. “Queríamos ser como a Suécia – ordem, limpeza, lei. Queríamos ser como a Alemanha – eficiência, fiabilidade”, deu exemplos Deripaska.
Agora, como disse o empresário, a imagem do futuro é “um pouco desfocada” e este é “o factor que traz as pessoas para a terra”.
Deripaska disse que não faz sentido que os russos se comparem aos povos da Ásia. “Percebemos que a Rússia não é a China, a Índia ou a Indonésia”, disse, mas não indicou alternativas.
“Seria um erro profundo desistir de conquistas que foram tão difíceis de alcançar”
Segundo Deripaska, que foi colocado sob sanções dos EUA em 2018 como um dos empresários próximos de Vladimir Putin, o modelo económico de capitalismo de Estado que o presidente russo vinha construindo desde 2008 foi uma “escolha profundamente falha”. Segundo o empresário, desde o início da invasão da Ucrânia, foram feitas “tentativas” de desmantelar este modelo.