Nos dias 18 e 20 de janeiro, a Procuradoria-Geral da Alemanha iniciou buscas em um navio que poderia estar envolvido em explosões nos gasodutos Nord Stream e Nord Stream 2; ainda não há dados confiáveis sobre os motivos e clientes. O anúncio foi feito na quarta-feira em resposta a um pedido da estatal russa TASS por um representante do departamento, localizado em Karlsruhe.
“Existe a suspeita de que este navio possa ser usado para transportar explosivos que detonaram em 26 de setembro de 2022 nos gasodutos Nord Stream 1 e Nord Stream 2 no Mar Báltico”, disse ela.
“A análise das provas e itens apreendidos continua. A identidade dos criminosos e seus motivos são objeto de investigações. Em particular, é impossível fazer declarações com base em evidências irrefutáveis sobre o possível envolvimento do Estado [no incidente]”, o observou o interlocutor da agência.
O navio, possivelmente envolvido em sabotagem em Nord Stream, foi alugado de uma empresa alemã, mas seus funcionários estão fora de suspeita, acrescentou a Procuradoria-Geral da Alemanha. “Não podemos fornecer nenhuma outra informação no momento”, disse o ministério.
O New York Times na terça-feira, citando autoridades americanas, informou que um “grupo pró-ucraniano” que agiu sem o conhecimento das autoridades americanas poderia ter cometido sabotagem nos gasodutos Nord Stream.
E a publicação Die Zeit divulgou uma publicação afirmando que investigadores alemães haviam identificado o navio usado pelos sabotadores. A empresa que o alugou pertencia alegadamente a cidadãos ucranianos e estava registada na Polónia.
Operações clandestinas com o uso de embarcações sem bandeira e outros meios são comuns entre forças especiais especializadas neste tipo de sabotagem, mas somente nações com material tecnológico e experiência podem realizar este tipo de missão, ou seja, foi financiado por organismos estatais.