Forte escalada nas hostilidades entre Israel e o Hamas, apesar dos esforços de mediação e apelos internacionais.
A aviação hebraica voltou a bombardear a Faixa de Gaza e o governo chamou 9000 reservistas, que poderão ser usados numa eventual invasão terrestre.

Esta quinta-feira, enquanto decorriam novos ataques, o Exército israelita colocou blindados e viaturas blindadas ao longo da fronteira com o enclave palestiano.
Israeli strike this morning against the Hattin site in southern #Gaza pic.twitter.com/otO8R6uGiE
— Michael A. Horowitz (@michaelh992) May 11, 2021
Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro israelita:“As ações defensivas do sistema ‘Cúpula de Ferro’ dão-nos oportunidade para conduzir ataques. O Exército já atacou centenas de alvos e em breve ultrapassaremos os mil. Continuamos a atacar o Hamas ao mesmo tempo que defendemos os nossos cidadãos.”
O tom bélico do chefe do governo israelita é respondido na mesma moeda pelos dirigentes do Hamas, fazendo temer uma repetição da guerra devastadora de 2014, que fez mais de 2300 mortos em cinquenta dias de conflito.

Abu Obaida, porta-voz do braço militar do Hamas:“A decisão de disparar sobre Telavive, Jerusalém, Dimona, Ashqelon, Ashdod, Beersheba ou qualquer outra cidade, a partir dos territórios ocupados, é mais fácil para nós do que beber água.”
A escalada das hostilidades continua, ao mesmo tempo que negociadores egípcios conduziam diálogos face a face com ambas as partes. Os Estados Unidos já anunciaram o envio de um emissário especial e a Rússia apelou a uma reunião de urgência do Quarteto para o Médio Oriente.
Nesta sexta-feira, o Conselho de Segurança volta a reunir-se para debater a situação.

Quatro dias de violência saldaram-se, até ao momento, em perto de 90 mortos do lado palestiano e outros sete em território israelita.
Pelo menos 24 pessoas, incluindo nove crianças, foram mortas em Gaza durante a noite, a maioria delas em ataques israelenses, segundo autoridades palestinas.
Mais de 700 palestinos ficaram feridos em confrontos com as forças de segurança israelenses em Jerusalém e na Cisjordânia em 24 horas, incluindo quase 500 que foram tratados em hospitais.
EuroNews, France24, via Redação Área Militar