Lockheed Martin projeta nova variante do F-35 para cliente secreto

A Lockheed Martin recebeu um contrato de US $ 49 milhões do governo dos Estados Unidos para projetar e desenvolver uma variante do F-35 “sob medida para um cliente de vendas militares estrangeiras não especificado”.

A empresa realizará trabalhos de engenharia e outros esforços relacionados ao design e desenvolvimento de uma nova variante da aeronave como parte do projeto de cinco anos, disse o Departamento de Defesa na segunda-feira.

Não espere que a nova variante seja tão diferente das outras como o F-35B é do C, por exemplo. É provavelmente mais parecido com o F-35I, um F-35A com modificações aviônicas exclusivas de Israel.

De acordo com um anúncio de contrato:

“A Lockheed Martin Corp., Fort Worth, Texas, recebeu um contrato de US$ 49.059.494 com custo mais incentivo que fornece engenharia e outras atividades relacionadas em apoio ao projeto e desenvolvimento de uma variante de aeronave Joint Strike Fighter sob medida para um estrangeiro não especificado Cliente de Vendas Militares (FMS).

O trabalho será realizado em Fort Worth, Texas (77%); Redondo Beach, Califórnia (14%); Orlando, Flórida (6%); Baltimore, Maryland (1%); Owego, Nova York (1%) e Samlesbury, Reino Unido (1%), e está previsto para ser concluído em dezembro de 2026. Os fundos da FMS (Foreing Material Sales) no valor de $ 49.059.494 serão pagos no momento da adjudicação, nenhum dos quais expirará no final do atual ano fiscal. ”

Vendas militares estrangeiras?

De acordo com o Governo dos EUA aqui , Foreign Military Sales (FMS) é o programa do governo dos EUA para “transferência de artigos, serviços e treinamento de defesa para nossos parceiros internacionais e organizações internacionais” .

O programa FMS é financiado por encargos administrativos para compradores estrangeiros e é operado sem nenhum custo para os contribuintes.

“A Defense Security Cooperation Agency (DSCA) administra o programa FMS para o Departamento de Defesa (DoD). Sob o FMS, o governo dos EUA usa o sistema de aquisição do DoD para adquirir artigos e serviços de defesa em nome de seus parceiros. Os países qualificados podem adquirir artigos e serviços de defesa com seus próprios fundos ou com fundos fornecidos por meio de programas de assistência patrocinados pelo governo dos Estados Unidos. ”

Quem seria o “comprador secreto”?

De acordo com análises dos colaboradores especialistas da redação Orbis Defense Europe e com análises de importantes compras de aviação de caça anteriores de aliados dos EUA, existem pelo menos 10 clientes potenciais para o caça F-35 que não participaram do processo inicial do desenvolvimento do caça, mas podemos especular que existem cinco possíveis compradores imediatos (citados em ordem de maior confiabilidade) que serão o provável operador de uma nova versão do F-35, sendo eles:

1- Japão; pois mesmo sendo um atual comprador e operador de 35 aeronaves F-35 (oficialmente compradores de um total de 105 aeronaves), o Japão no passado preferiu desenvolver sua própria versão do caça F-16, que originou a versão muito melhorada construída nacionalmente sob licença, o Mitsubishi F-2, que em muitos aspectos é superior aos F-16 de 1a geração.
Para o Japão, atualmente é essencial possuir uma superioridade aérea que garanta defesas contra as ameaças da China e Coréia do Norte. A atual filosofia japonesa é trocar a quantidade pela qualidade devido a crônica falta de novos pilotos de caça. De todos os aliados dos EUA na Asia, o Japão é o que está realizando os maiores investimentos em sua defesa.

2 – Taiwam; pois esses além de serem a “linha de frente” de um eventual conflito com a China, esses também são operadores de versões do F-16 modernizados que são considerados os melhores de todos, superiores mesmo aos operados pelos EUA. Nesse caso seria mais que justificado o segredo do processo de compra devido à certeza de atritos diplomáticos com a China.

3 – Suíça; a Suíça quer a muito tempo comprar aeronaves para apoiar sua frota de F-18 Hornets, já em vias de obsolecência. Apesar da Suíça ainda manter sua política de neutralidade, essa nação também mantém a política de “preparação” constante para defender seu território, mesmo que todas as ameaças significativas estejam muito distânte de suas fronteiras. Apesar de muito pouco divulgadas, a Suíça continua discretamente melhorando suas capacidades mesmo com um aparente baixo orçamento dedicado para sua defesa.

4 – India; A India atualmente é um aliado aparentemente de lado indefinido no cenário internacional pois trata suas compras de material de defesa com todos que oferecem material que seja de seu interesse para dois únicos inimigos, sendo um deles o Paquistão, a potência nuclear “persona non grata” do ocidente e a atual grande ameaça mundial da China, que junto com o Paquistão cobiçam o território da Cashemira.

5 – Grécia; A Grécia é muito cotada para receber um eventual lote de caças F-35, mesmo não possuíndo recursos financeiros para tal compra a Grécia hoje é um dos aliados da OTAN que certamente farão um papel importante em um caso de uma eventual “traição” da Turquia contra a OTAN, pois a muito tempo a Turquia sob o governo do presidente e/ou ditador Edorgan pratica uma política expansionista dentro do mundo islâmico/otomano e também contra países da Europa com suas ações de apoio ao terrorismo híbrido e assimétrico usando a imigração de alegados refugiados de guerras como arma política.

Apesar de alguns paìses do Oriente Médio também possuirem grande potencial para comprar uma nova versão do F-35, aparentemente por causa de custos fixos e praticidade esses mesmo paìses estão optando por aeronaves consideradas “quase do mesmo nìvel”, como é o caso da Aràbia Saudita que vai operar a versão  F-15EX, a mais moderna do caça F-15 Eagle.

  • Com informações UK Defense, Lockheed Martin USA e redação Orbis Defense Europe/Genebra.
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