Marinha Americana escolhe o novo comandante da 7ª Frota baseada no Japão

A Casa Branca nomeou um oficial da Marinha com experiência em comando no Pacífico Ocidental para liderar a 7ª Frota

TÓQUIO – A Casa Branca nomeou um oficial da Marinha Americana com experiência em comando no Pacífico Ocidental para liderar a 7ª Frota, com o objetivo de acompanhar o ritmo da locomotiva chinesa.

O contra-almirante Karl O. Thomas, subchefe assistente para operações navais, planos e estratégia do Pentágono, retornaria à Base Naval de Yokosuka, no Japão, para comandar a maior frota naval ultramarina da América, anunciou o Departamento de Defesa na quarta-feira, 14 de abril.

Thomas serviu anteriormente como comandante da Força-Tarefa 70 e do Grupo de Ataque de Porta-aviões 5 (CSG-5), centrado no porta-aviões USS Ronald Reagan, com base naval em Yokosuka, no Japão.

O grupo de ataque de porta-aviões USS Dwight D. Eisenhower (CVN 69) voltou para casa na Estação Naval de Norfolk em 9 de agosto 2020, após sete meses operando na 5ª e 6ª Frotas.
US Navy

O futuro comandante é aviador naval, e começou sua carreira no E-2C Hawkeye, uma aeronave tática de alerta antecipado, e subiu nos postos de comando servindo como oficial executivo a bordo dos porta-aviões USS Dwight D. Eisenhower e USS George Washington, e foi comandante de um terceiro, o USS Carl Vinson, de acordo com biografia da Marinha Americana.

Nativo da Virgínia do Norte, Thomas ganhou sua comissão em 1985 por meio do ROTC Naval no Rensselaer Polytechnic Institute. Ele também possui um diploma de mestre da Escola de Pós-Graduação Naval.

Se confirmado pelo Senado, Thomas sucederá o vice-almirante Bill Merz, que assumiu o cargo em 12 de setembro de 2019. O cargo também vem com uma promoção. Thomas assumiria um papel de liderança em uma arena internacional onde a China está em ascensão e enfrenta seus vizinhos e, às vezes, o próprio Estados Unidos.

A 7ª Frota é uma das mais poderosas e importantes frotas e a ferramenta que os EUA utilizam para demonstrar seu alcance e determinação para seus aliados e amigos, e para Pequim.

A 7ª Frota, que inclui até 70 embarcações e 20.000 marinheiros, pode manter a paz ou arcar com a resposta dos EUA se pontos críticos, como as contestadas Ilhas Senkaku ou Taiwan, entrarem em conflito.

Segundo o professor Bo Kong, codiretor do Instituto EUA-China na Universidade de Oklahoma, as chances de navios de guerra dos EUA encontrarem navios chineses devem aumentar junto com a tensão através do Estreito de Taiwan e a frequência das patrulhas de liberdade de navegação (freedom-of-navigation) dos EUA no Mar da China Meridional.
Qualquer comandante da 7ª Frota “será confrontado com a questão de como realizar sua missão designada de uma maneira segura e consistente com a estratégia Indo-Pacífico dos EUA, evitando um conflito militar direto com a China”, escreveu Kong, e com Thomas não será diferente, sua sabatina no Senado será ainda mais intensa.
Stars and Stripes, via Redação Área Militar
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