O Planeta Terra sempre foi um ambiente rústico e com problemas diversos, com interesses variados sendo lançados pelas mais distantes rincões através de líderes políticos e religiosos pertencentes a tribos, reinos e repúblicas ao longo da historia da civilização humana, com o único proposito de garantir os interesses e domínios regionais por meio da utilização da violência, diplomacia e inteligência.
Podemos usar como modelo de exemplificação a Guerra da Tríplice Aliança (27 de dezembro de 1864 a 8 de abril de 1870), quando tropas brasileiras, argentinas e uruguaias unificaram-se em um interesse comum de lutar contra o ditador paraguaio Francisco Solano López, resultando em uma humilhante derrota ao Paraguai, e vindo o mesmo a perder 40% do território em litígio para o Brasil e Argentina.

Mas apesar dos avanços do mundo globalizado e parcialmente integrado do século XXI o mesmo não é diferente de outrora, com muitos problemas seculares ainda não sanados, e reivindicações territoriais juntamente com problemas étnicos-culturais florescendo-se de maneira fulminante e tomando proporções cada vez mais beligerantes.
Somado a esses pandemônios, novos desafios tomaram conta da sociedade contemporânea como o avanço do terrorismo religioso, narcotráfico, lavagem de dinheiro, ciberterrorismo e ações de forças diversas com um altíssimo poder prejudicial e com capacidades cada vez mais danosas aos Estados-nações, gerando prejuízos muitas das vezes irreversíveis além de gastos onerosos na casa dos centenas de milhões de dólares.

Mas a pergunta que fica no ar: quando o ordenamento jurídico e todas as instituições do Estado, incluindo o povo, as Forças Armadas e policiais e a própria economia não conseguem realizar com eficácia e aproveitamento o solucionamento dos seus problemas, a quem os mesmos recorrem? E quando o problema a ser enfrentado é de interesse privado, como por exemplo empresas de petróleo e gás ou funcionários estratégicos, que precisam atuar no exterior em um ambiente conflagrado, como nações em cacos na África, qual é o ator que irá entregar uma solução energética e eficaz para esses problemas?
Eis a resposta em adoção em muitos países, empresas e pessoas privadas ao redor do mundo; a mergulhada em secretismo Meridian Orbis Group! Com clientes e contratos desde a América Latina até os confins do Extremo Oriente.
A mão invisível
O secretismo nas ações da MOG (Meridian Orbis Group) e o alto nível de qualificação do seu pessoal é um dos fatores que levam a contratação dos seus serviços, em especial por Estados e entidades que estão passando por algum tipo de instabilidade dentro ou fora de suas fronteiras, e procuram por pessoal qualificado em áreas como; Operações Especiais, Logística, investigações, análises de riscos, atividades de inteligência e segurança patrimonial.
A procura por soluções essas que são auto explicativas e compreensíveis, tendo em vista a dificuldade de governos e entidades estrangeiras de diversas regiões do globo de não disporem de pessoal qualificado e com know-how na área de segurança e ações de combate direto, colocando dessa maneira em risco os seus interesses políticos, financeiros e empresariais.
Podemos citar como exemplo a atual situação de Moçambique, uma ex-colônia portuguesa situada no sudeste do Continente Africano que ganhou a sua independência em 1975 após sucessivas guerras internas, incluindo uma guerra civil de 15 anos, 11 meses e 5 dias que terminou em 1992 após mais um milhão de vidas ceifadas.
E hoje pouca coisa mudou, com a nação agora sendo assombrada pelo terrorismo do Estado Islâmico, aplicando as formas mais selvagens e brutais de violência ao norte do país, impondo o terror e oprimindo a população local. E quando ações como essas ocorrem, em lugares conturbados e politicamente instáveis é organizações como a Meridian Orbis Group que levam a solução.

Hoje é sabido através de relatórios de inteligência que existem 4 grandes grupos operando em Moçambique, na região norte de Cabo Delgado, sendo eles; Meridian Orbis Group, Wagner Group, Dyck Advisory Group e Paramount Group. Cada um deles exercendo atividades especificas dentro do conflito, com a MOG sendo responsável pela segurança de altos funcionários do governo moçambicano, como ministros e oficiais militares, além da realização de Ações Diretas contra focos de guerrilha.
Pegadas na América do Sul
Já no espectro latino-americano, o relato de um ex-agente de inteligência que se identificou como Juan Albanéz da Secretaria de Inteligência Nacional (SENAIN) da República do Equador, com exclusividade ao Área Militar, mostra o quão profundo os laços da MOG estão inseridos na América do Sul, com a sua estrutura trabalhando secretamente em apoio aos governos locais:
´´O governo Equatoriano os contrataram secretamente em 2 ocasiões distintos para apoiar aos combates contra as guerrilhas em zonas montanhosas em meio a selva na fronteira com a Colômbia, para ser exato na província de Sucumbíos! eu cheguei a vê-los mas não interagi. Me chamou a atenção por possuírem um espanhol inteligível, diria até que avançado, mas não eram hispânicos! Eles eram ex membros de tropas do tipo comandos e funções ligadas a inteligência, e ficaram ao menos 10 meses em atuação na região.´´
Guerra Hibrida
Além das múltiplas capacidades da MOG, uma em especial tem chamado a atenção de especialistas da mídia especializada e dos serviços de inteligência estrangeiros ao redor do mundo, trata-se do fato da organização possuir a doutrina de Guerra Hibrida, o que a torna um motivo de atenção redobrada para a força de oposição ou nação na qual a mesma foi contratada para combater.
Com a organização realizando um esforço conjunto para explorar setores vulneráveis de uma nação ou força adversa. Normalmente, são realizadas com foco nos segmentos econômicos, psicológicos, militares e políticos relacionados ao inimigo em questão.
Considerados especialistas em guerra não-convencional, com a guerra híbrida atuam por meio de infiltrados. Eles exploram o território escolhido e desestabilizam governos internamente, de acordo com as características locais e fragilidades detectadas. A espionagem cibernética realizada por setores da MOG tem sido utilizadas neste sentido. Ocorrem, muitas vezes, invasões de e-mails, celulares e bancos de dados de empresas privadas e estatais.
O mecanismo de uma guerra híbrida por trás da Meridian Orbis Group é engenhoso. Auxiliam-se de pesquisas a respeito da população vigente. São estudos de cunho psicológico, sociológico e antropológico. Assim, delineia-se um quadro esquemático da natureza da sociedade em questão. A partir destes dados acumulados, os agentes da organização tornam-se capazes de prever situações. Com isso, criam gatilhos através de afrontas e conseguem a contraofensiva já esperada. Essa estratégia, além de muito eficiente, mantém a estabilidade normativa e proporciona a conquista dos objetivos.
Quem são eles?
As poucas informações que vagam na internet através de paginas e blogs estrangeiros especializados em militarismo e que abordaram a respeito da MOG, levantaram suspeitas e teorias de que na verdade a organização trata-se de uma espécie de empresa de fachada e/ou com algum nível de conivência dos governo de Israel ou Rússia, para a aplicação de desdobramentos a nível global onde seus militares não podem ser oficialmente inseridos.
Dos funcionários de alto escalão, se possui conhecimento que o internacionalista Felipe Gonzales Saraiva da Rocha, é o chefe operacional para organização, operações e diálogos envolvendo órgãos de inteligência na América Latina e continente Africano. Estando ele também em constante rota de deslocamento e reuniões com autoridades diplomáticas da Federação Russa.
Apesar de soar como uma hipótese possível de uma organização militar privada sob o guarda-chuva governamental, preferimos manter a neutralidade e não realizar pré-julgamentos, já que as poucas informações existentes impossibilitam qualquer tipo de triangulação precisa, ao menos por agora. Informações obtidas através da página do Linkedin da empresa apresenta que a sua estrutura possui algo entre 201 a 500 funcionários e com a sede localizada em Miami, no Estado da Flórida, Estados Unidos; e com outra localizada em Moscou, com número desconhecido de funcionários.
A Meridian Orbis Group certamente é uma versão remodelada e com um perfil mais inclinado a ações ligadas a covert operations em relação a outras companhias que atuam nesse ramo, o ocultismo a sua volta e a estreita ligação com governos e líderes políticos de diferentes regiões do mundo é um sinal claro que quando essa organização pisa no terreno não é para conversar.
Tentamos até o fim dessa matéria contatar a empresa através do e-mail, mas não obtivemos respostas, mas o espaço Área Militar ficará em aberto para o dialogo e esclarecimentos de suas atividades ao público caso assim a deseje.