O ministro da Defesa da Coreia do Sul, Kim Yong-hyun, apresentou sua renúncia ao presidente, de acordo com a Agência de Notícias Yonhap, após crescentes críticas à curta lei marcial do líder, que gerou caos político.
O presidente Yoon Suk Yeol precisa aprovar a renúncia do ministro antes que ele possa renunciar. O anúncio veio momentos depois que o principal partido de oposição da Coreia do Sul, o Partido Democrático, disse que havia entrado com uma moção para impeachment de Kim.
O chefe do próprio Partido do Poder Popular de Yoon também havia pedido a remoção do ministro da defesa por recomendar a lei marcial. Se a renúncia do ministro da Defesa for aceita e ele renunciar, a moção não será necessária, de acordo com analistas.
Yoon tem enfrentado uma reação cada vez maior em todo o espectro político, inclusive dentro de seu próprio partido, por causa de seu decreto com o líder de seu próprio Partido do Poder Popular pedindo a demissão do ministro da Defesa.
Mais cedo, seis partidos de oposição, incluindo o Partido Democrata, apresentaram um projeto de lei pedindo o impeachment de Yoon. Espera-se que este projeto de lei seja apresentado à sessão plenária na quinta-feira, com votação marcada para sexta ou sábado, de acordo com a Yonhap.
A tentativa chocante de Yoon de impor o primeiro estado de lei marcial da Coreia do Sul em mais de quatro décadas mergulhou o país na mais profunda turbulência de sua história democrática moderna e pegou seus aliados próximos ao redor do mundo desprevenidos.