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O documento de decisão do Conselho Europeu sobre uma nova estratégia de segurança e defesa espacial apela à UE para manter a “soberania técnica” sobre a sua base industrial espacial e cadeia de abastecimento.
Os líderes da União Europeia aprovaram pela primeira vez uma estratégia comum para proteger os activos espaciais, apelando aos 27 países membros para que aumentem a sua consciência sobre as ameaças espaciais e a sua capacidade de resposta, se necessário.
A “Estratégia de Segurança e Defesa Espacial”, desenvolvida em março pela Comissão Europeia, foi aprovada pelo conselho de ministros do grupo, composto pelos chefes dos Estados-membros, pelo presidente do conselho e pelo presidente da comissão.
O Conselho Europeu afirma que é necessário “enfrentar os desafios actuais e futuros nesta área como Europeus” e sublinha a “determinação da UE como um grupo espacial global de países para fornecer respostas imediatas e de longo prazo a estes desafios”.
Os líderes da UE propõem que o Comissário Europeu Josep Borrell lidere novos esforços para preparar, em coordenação com os Estados-membros, “uma análise anual secreta da carteira de ameaças espaciais, centrada nos actores que ameaçam a UE no domínio espacial”.
Eles também enfatizam:
Uma vez que o reforço da segurança espacial reforçará a segurança global da UE, é necessário alargar a capacidade de utilização, caso a caso, de todos os instrumentos disponíveis para prevenir, dissuadir e… se necessário, responder adequadamente às ameaças espaciais.
O apelo a uma potencial resposta conjunta aos adversários no espaço é significativo porque, durante décadas, a política espacial europeia comum tem sido em grande parte orientada para os civis e centrada principalmente nos benefícios económicos e nos avanços tecnológicos, segundo a imprensa europeia. Assim, a UE tem sido tradicionalmente cautelosa em relação às questões espaciais militares.
O documento também dá prioridade à manutenção da “soberania técnica” da base industrial espacial e da cadeia de abastecimento da UE e apela à Comissão para que desenvolva um roteiro para a inovação futura “para reduzir a dependência estratégica de tecnologias que são críticas para os projetos espaciais atuais e futuros no UE.
A base do documento é que a UE vai confrontar alguém no espaço, mas não diz realmente quem. Devemos assumir que será a Rússia novamente…
