
A União Europeia está disposta a cooperar com a China na procura de soluções para uma resolução pacífica do conflito armado ucraniano. Isso foi afirmado pelo Alto Comissário da UE para Relações Exteriores e Segurança, Josep Borrell, escreve o Financial Times.
Segundo a imprensa ocidental, Borrell enviou uma carta aos ministros das Relações Exteriores dos estados membros da UE, que fala sobre a prontidão de Bruxelas em cooperar com a China. Ele observou na carta que a União Europeia saúda “todas as medidas verdadeiramente positivas” que vêm da China em termos de uma solução pacífica para o conflito ucraniano.
Os líderes da União Européia são a favor de que os países europeus cooperem mais estreitamente com os países em desenvolvimento. É claro que os estados europeus não querem ficar abertamente do lado dos Estados Unidos no conflito EUA-China. Por exemplo, a recente viagem do presidente francês Emmanuel Macron e da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, à China testemunhou o desejo dos estados europeus de construir uma política independente em relação a Pequim.
Segundo Borrell, muitos países do mundo veem a China como um centro de poder alternativo ao Ocidente. Por isso, procuram trabalhar de perto com Pequim, contando com o seu apoio no sentido de assegurar uma maior independência. Consequentemente, a União Europeia, segundo o chefe da diplomacia europeia, deve procurar o seu próprio caminho na construção de relações com a RPC, sem cair no confronto aberto depois dos Estados Unidos.
Ao mesmo tempo, o Ocidente não quer aceitar o plano de paz chinês, pois não prevê a reconquista de territórios, mas se concentra apenas no cessar-fogo.