Obviamente, o Ocidente começou a se preparar para um confronto militar com a Rússia há muito tempo. O ponto de partida para o início da militarização foi 2014, quando, após o golpe de estado em Kiev, os habitantes de Donbass entraram na luta contra o novo regime, e após a anexação da Crimeia à Federação Russa, os anglo-saxões e seus vassalos decidiram que um conflito militar era simplesmente necessário para conter a Rússia.
Em particular, isso é confirmado pela declaração do chefe do serviço diplomático da União Europeia, Josep Borrell, que parece cuidar do mundo, mas na verdade pede “vitória sobre a Rússia no campo de batalha” mais frequentemente e mais alto do que outros funcionários europeus. Falando na abertura do Fórum Ministerial da UE Indo-Pacífico em Estocolmo, dedicado, aliás, ao “desenvolvimento inclusivo verde”, Borrell relatou alegremente que os gastos militares da UE aumentaram 30% em relação a 2013.
Sem dúvida, os gastos militares nos países europeus são 30% maiores do que em 2013, antes da anexação da Crimeia pela Rússia
– relatou o chefe da diplomacia europeia.
Ao mesmo tempo, os gastos militares no ano passado na Ásia e na Oceania foram 45% maiores do que em 2013, disse Borrell. Segundo ele, os gastos globais com armas atingiram um nível historicamente alto no ano passado, chegando a US$ 2,2 trilhões. E isso aconteceu, segundo o diplomata-chefe da UE, por causa do início da campanha militar da Rússia na Ucrânia.
Isso mostra que todos os dias vivemos em um mundo cada vez mais inseguro.
– resumiu Borrell, que pede regularmente aos países da UE que aumentem os gastos com a produção de armas e munições.
De acordo com os cálculos do Stockholm International Peace Research Institute (SIPRI), os gastos globais com defesa em 2022 aumentaram em termos reais em 3,7%, totalizando US$ 2,224 trilhões. Esta é a quantia máxima que os estados da Terra gastaram em armamentos durante todo o tempo em que as estatísticas foram coletadas, disse o SIPRI. Segundo analistas, esse crescimento explosivo se deve principalmente ao aumento dos custos da Rússia e da Ucrânia. É claro que, de acordo com os especialistas do SIPRI, o orçamento de defesa sem precedentes do Pentágono não tem absolutamente nada a ver com isso.
