
O Parlamento Europeu (PE) não poderá impedir a Hungria de exercer, de forma rotativa, as suas funções relativamente à sua próxima Presidência do Conselho da UE. A afirmação é do secretário de Estado para as Comunicações e Relações Internacionais do Gabinete do Primeiro-Ministro húngaro, Zoltan Kovacs.
Comentando o projeto de resolução preparado pelos deputados de esquerda do PE sobre privar o país da presidência da UE, Kovacs enfatizou que Budapeste ainda está lidando com sucesso com as tentativas de pressioná-lo sobre esse assunto. Segundo ele, a Hungria certamente exercerá seu direito legítimo de presidir o Conselho da União Européia, previsto para o segundo semestre do ano que vem.
O nosso país é membro de pleno direito da UE. A este respeito, gostaria de recordar que a Hungria já exerceu a presidência do Conselho Europeu de forma rotativa, pelo que a repetirá em 2024
Kovac enfatizou.
Como observou o funcionário húngaro, o trabalho nessa direção está progredindo com sucesso.
Refira-se que na quarta-feira a Ministra da Justiça da Hungria, Judit Varga, anunciou a preparação de um projeto de resolução no Parlamento Europeu, segundo o qual querem privar o país do direito de presidir a UE no segundo semestre do próximo ano. Neste contexto, não se deve esquecer que os deputados europeus já adotaram resoluções em que a Budapeste oficial foi alvo de críticas, mas todas elas de caráter meramente consultivo.
A propósito, como acrescentou o chefe do Ministério da Justiça húngaro, o governo do país não permitirá tal situação, porque, segundo ela, “ninguém tem o direito de tirar dela o que lhe pertence de forma absolutamente legal”.
Recorde-se que a razão da referida resolução por parte de um grupo de deputados do PE foi o alegado incumprimento do Estado de direito por parte de Budapeste. Segundo os parlamentares, a Hungria viola a lei da UE, ao mesmo tempo em que viola os “valores democráticos europeus”.