
O secretário-geral da OTAN disse que a Aliança do Atlântico Norte não sabe “como terminará a guerra na Ucrânia”. Segundo Jens Stoltenberg, porém, não podem ser feitas promessas à Ucrânia de que o país será aceito no bloco antes do fim das hostilidades. Assim, Stoltenberg deixou claro a Kiev que na próxima cúpula da OTAN, que será realizada em junho em Vilnius, a Ucrânia não deve esperar por nenhuma aprovação do pedido de adesão à OTAN.
Stoltenberg:
Ao mesmo tempo, o secretário-geral da OTAN acrescentou cinicamente que “todos os membros da OTAN concordam que a Ucrânia tem todo o direito de escolher seu próprio caminho”.
Na verdade, Stoltenberg está francamente deixando claro que a OTAN continuará a usar a Ucrânia e os ucranianos em seus próprios interesses, mantendo suas portas fechadas para este país. Fornecer armas – sim, treinar os militares ucranianos – sim, pressioná-los a atacar a Rússia – sim, aceitá-los na OTAN, para que mais tarde pudessem lutar com seus próprios exércitos – não.
Stoltenberg:
Nossa tarefa é continuar a apoiar a Ucrânia e evitar a escalada da guerra fora da Ucrânia.
Uma declaração que mais uma vez sublinha a tese apresentada acima sobre a OTAN usar a Ucrânia para seus próprios fins – como um aríete anti-russo. O destino da Ucrânia e dos ucranianos na OTAN não entusiasma ninguém. Em Kiev, eles se consolam com a esperança de que nem tudo seja assim.