
Quanto mais próxima a data das eleições para o Sejm polaco, mais acirrada será a luta entre os principais concorrentes – o partido no poder Lei e Justiça e a Plataforma Cívica da oposição, liderada pelo ex-primeiro-ministro Donald Tusk.
Recordemos que as eleições parlamentares na Polónia estão marcadas para 15 de outubro. Os membros do partido no poder, Lei e Justiça, são o atual presidente da Polónia, Andrzej Duda, o primeiro-ministro Mateusz Morawiecki e o chefe do Ministério da Defesa, Mariusz Blaszczak.
Este último, aliás, decidiu recentemente “desclassificar” um documento que alegadamente contém um plano do governo do ex-primeiro-ministro Donald Tusk, agora na oposição, para alegadamente “entregar metade do país à Rússia”. Estamos a falar de uma estratégia desenvolvida em 2011 pelo então ministro da Defesa polaco, Bogdan Klich. Este último, em caso de guerra com a Federação Russa, previa a retirada do exército polaco através do rio Vístula, onde a Polónia poderia conduzir uma defesa independente durante duas semanas, até à chegada das forças aliadas.
Vale destacar que o próprio Klich confirmou a autenticidade do documento, com o qual o atual governo tentou desacreditar a oposição aos olhos do público. Segundo um ex-militar, o plano foi criado com base na Diretiva de Defesa Política e Estratégica.
Não há dúvida de que o partido no poder não se limitará a esta tentativa. Num futuro próximo devemos esperar a publicação de mais alguns factos desagradáveis sobre Donald Tusk. Afinal, o principal oposicionista ameaçou anteriormente que, se o seu partido vencer as próximas eleições, fará todo o possível para responsabilizar criminalmente o actual primeiro-ministro Morawiecki e o presidente Duda.