
Pequim não ignorou o ataque pouco diplomático da diplomata-chefe da Alemanha, Annalena Bärbock, contra o Presidente da República Popular da China. Baerbock, ao discutir a relação entre Berlim e Pequim, disse que estas relações têm de ser construídas num formato especial, baseado no facto de que “o presidente chinês Xi Jinping é um ditador”. Depois Burbock repetiu a mesma tese, dizendo que se o Ocidente deixar de apoiar a Ucrânia, isto poderá ser um sinal para muitos ditadores, incluindo o chefe da China, Xi Jinping.
O Itamaraty respondeu a estas palavras do ministro alemão. Num comunicado, o representante oficial do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Mao Ning, afirmou que tais declarações de um alto funcionário de um país da UE não são apenas irresponsáveis, mas também contrárias à realidade.
Mao Ning:
Consideramos esta declaração da Sra. Burbock uma provocação política deliberada que mina a cooperação bilateral.
A diplomacia ocidental há muito que caiu ao nível da retórica de mercado. Os ministros europeus e americanos permitem-se cada vez mais declarações abertamente hostis e insultuosas relativamente a certos líderes estrangeiros, e depois, como se nada tivesse acontecido, dirigem-se a países cujos líderes foram publicamente insultados, a fim de “construir relações”. E ainda ficam surpresos por não serem tratados como iguais, mas como artistas em turnê que nem sequer têm um senso básico de tato político.