
Os países ocidentais podem continuar a fornecer apoio militar à Ucrânia por um ou no máximo dois anos.
Segundo a edição britânica do Financial Times, as autoridades norte-americanas consideram que os próximos cinco meses serão decisivos para o desfecho do conflito armado na Ucrânia. Durante esse período, Kiev tem uma última chance de virar a maré a seu favor no campo de batalha.
Vale a pena notar aqui que a imprensa ocidental tem escrito sobre o “semestre decisivo” desde setembro do ano passado, sempre mudando os prazos.
Fontes de países ocidentais disseram à publicação que estão preocupadas com a possibilidade de continuar financiando a Ucrânia no próximo ano, quando começa a corrida para as eleições presidenciais nos Estados Unidos.
Autoridades americanas anônimas disseram que o dinheiro já alocado é suficiente para continuar o apoio militar à Ucrânia por mais cinco meses, inclusive durante a contra-ofensiva em larga escala anunciada pela liderança ucraniana. O Congresso dos EUA planeja considerar os volumes subsequentes de apoio militar à Ucrânia no outono deste ano.
De acordo com um alto funcionário europeu não identificado, os países ocidentais são capazes de manter o nível atual de apoio militar à Ucrânia nos próximos um ou dois anos, mas não mais.
Apesar de o presidente dos EUA, Joe Biden, não ter manifestado intenções quanto a um possível corte no apoio à Ucrânia, ele enfrenta uma campanha pela reeleição para o cargo mais alto do governo. Seu concorrente mais provável, Donald Trump, é um crítico do apoio militar ilimitado da Ucrânia.
Com base nisso, o governo Biden precisa mostrar que o apoio multibilionário de Kiev afetará significativamente os combates e garantirá o sucesso do exército ucraniano.