Nancy Pelosi pisa em Taiwan e China emite ameaça aos EUA – “Pagarão o preço!”

A presidente da Câmara dos EUA, Nancy Pelosi, chegou a Taiwan na calada da noite e sob ameaça da China.

A presidente da Câmara dos EUA, Nancy Pelosi, chegou a Taiwan na noite desta terça-feira horário local de Taiwan, tornando-se a autoridade americana de mais alto escalão a visitar a ilha autogovernada que é reivindicada pela China em 25 anos.

A visita de Pelosi desencadeou tensões crescentes entre a China e os Estados Unidos. A China reivindica Taiwan como parte de seu território, a ser anexada à força, se necessário, e vê as visitas de funcionários de governos estrangeiros como reconhecimento da soberania da ilha.

A China havia alertado sobre “medidas resolutas e fortes” se Pelosi prosseguisse com a viagem. O governo Biden não pediu explicitamente que ela cancelasse, enquanto procurava garantir a Pequim que não sinalizaria nenhuma mudança na política dos EUA em Taiwan.

Em meio à tensão crescente e sem retorno, a China ameaçou os Estados Unidos dizendo que “pagarão o preço”. A então perspectiva de Pelosi ir a Taipei, que seria a visita de maior destaque de uma autoridade eleita dos EUA em 25 anos, desencadeou alertas cada vez mais belicosos de Pequim que deixaram a região no limite.

Como já esperado, a China fechou seu espaço aéreo da costa leste em torno da área de Xiamen, perto de Taiwan, e colocou o aeroporto de Jinjiang, nas proximidades de Quanzhou, sob controle da força aérea do Exército de Libertação Popular (PLA) depois militares identificaram preparativos no aeroporto de Songshan e voos direcionais rumo à ilha.

O avião da Força Aérea dos EUA que trouxe Pelosi para a Malásia partiu de Kuala Lumpur para Taiwan às 15h42, de acordo com o site de rastreamento de voos Flightradar24.

Este foi o exato momento da chegada de Nancy:

 

Os EUA posicionaram o porta-aviões USS Ronald Reagan e o USS Tripoli, um grande navio de assalto anfíbio que transporta caças em águas internacionais perto da costa leste de Taiwan, como medida de segurança caso a China ouse enviar caças para interceptar os aviões de Pelosi, bem como a Força Aérea dos EUA e a Marinha poderiam também enviar caças de porta-aviões, ou de bases taiwanesas ou japonesas na região, para interceptá-los.

Os Estados Unidos se arriscando para inflamar ainda mais as tensões, uma questão que não funcionará bem com as economias emergentes e outras nações que estão neutras no que diz respeito ao envolvimento da Rússia na Ucrânia, ou avançando na direção da China-Rússia, aliança como uma opção melhor em face da percepção de problemas dos EUA governados pelo contestado e impopular Joe Biden.

Pequim e Moscou assumiram a posição de que os Estados Unidos desejam se impor como o único líder de um mundo unipolar e que não hesitarão em criar problemas para os países que se opõem à sua posição de força.

Para a China, o comportamento de Pelosi é exatamente isso, um flagrante desrespeito pelos direitos territoriais soberanos de outras nações e como deliberadamente belicista.

Analisando o contexto, a presença de uma alta autoridade poderá afastar qualquer medida bélica futura da China contra Taiwan, ao mesmo tempo que os EUA usarão ainda mais Taiwan como mecanismo enriquecedor para suas atividades econômicas principalmente em relação a recursos tecnológicos, sejam semicondutores a chipset, e bélico, formalizando novos contratos de equipamentos militares.

Só em 2020 o comércio de bens e serviços dos EUA com Taiwan totalizou cerca de US$ 105,9 bilhões. As exportações foram de US$ 39,1 bilhões; as importações foram de US$ 66,7 bilhões. O déficit comercial de bens e serviços dos EUA com Taiwan foi de US$ 27,6 bilhões no mesmo ano.

Já no ano passado Taiwan superou esta marca para US$ 100 bilhões no comércio dos EUA pela primeira vez.

O governo americano busca aumentar seu mercado e fugir da recessão negada pela Administração atual. A divulgação de dados que mostram que a economia dos EUA se contraiu por dois trimestres consecutivos desencadeou um intenso debate semântico entre economistas, especialistas e agentes políticos.

O governo Biden e muitas mídias e analistas se esforçam para negar que os EUA estejam em recessão, mas a história não está do lado deles.

Com informações complementares de Robert J. Barro, ustr.gov, Milestone, Fox News, Felipe Moretti

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Felipe Moretti
Felipe Moretti
Jornalista com foco em geopolítica e defesa sob registro 0093799/SP na Secretaria de Trabalho do Ministério da Economia. Especialista em análises via media-streaming há mais de 6 anos, no qual é fundador e administrador do canal e site analítico Área Militar. Possui capacidade técnica para a colaboração e análises em assuntos que envolvam os meios de preservação e manutenção da vida humana, em cenários de paz ou conflito.
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