Um incêndio a bordo de um navio espião russo na costa da Síria destacou o péssimo estado da Marinha russa, já que sua posição no Mediterrâneo está em jogo, dizem analistas e serviços de segurança ocidentais.
O Kildin, de 55 anos, teve problemas na costa da Síria na última quinta-feira, quando chamas e uma espessa fumaça preta puderam ser vistas saindo de sua chaminé e ele içou duas bolas pretas no mastro, o que significa que a tripulação não tinha mais controle do navio.
O navio notificou um cargueiro de bandeira togolesa próximo, o Milla Moon, que não conseguia manobrar e o avisou para ficar a pelo menos 2 km de distância. A tripulação russa se reuniu no convés de popa do Kildin e descobriu os botes salva-vidas, mas não pediu ajuda, e depois de cinco horas combatendo o incêndio, o Kildin reiniciou seus motores e zarpou novamente.
De acordo com serviços de segurança ocidentais, o navio estava no Mediterrâneo oriental para monitorar os eventos na Síria após a queda, em dezembro, do aliado de Moscou, Bashar al-Assad, enquanto a marinha russa começava a mover equipamentos militares para fora da parte do porto de Tartus que controla.
As fontes ocidentais argumentaram que o incêndio de Kildin, após outro incêndio dois meses antes na fragata de mísseis russa Admiral Gorshkov, revelou que a presença marítima da Rússia na área estava em um estado de abandono e desordem.
Elas disseram que, ao mesmo tempo em que o Kildin estava em perigo, dois outros navios de guerra russos, os navios de desembarque Ivan Gren e Aleksandr Otrakovsky também estavam temporariamente à deriva sem controle de navegação.
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