O Cara A Cara Na Cúpula Biden-Putin Em Genebra

Muitos problemas geopolíticos e bélicos ocorreram na região da Ásia e extremo leste europeu que interromperam as aproximações diplomáticas entre as partes infundidas nos beligerantes.

Mladen ANTONOV / AFP

Tropas da Ucrânia avançaram sobre a região de Donbass alimentadas pela cobertura de Jens Stoltenberg na OTAN e pelo presidente Joe Biden que recusou intervir diretamente nos atritos entre Ucrânia e Repúblicas separatistas no enclave, na certeza que os ucranianos não iriam ceder às negociações de cessar-fogo.

O ocidente emitiu diversas advertências por notas diplomáticas e por forças militares físicas nas imediações da Rússia contra as dezenas de milhares de tropas russas dispostas em caráter exclusiva de treinamento de saturação e intervenção nas fronteiras próximas com a Ucrânia, inclusive mostrou a operacionalidade de implementação em poucos dias do Exército Russo, tudo isso em TERRITÓRIO RUSSO.

Os empreendimentos de Vladimir Putin sobre as fronteiras da Ucrânia causaram desconforto aos comandos do ocidente, exatamente no mesmo momento em que EUA e OTAN deslocavam dezenas de milhares de forças armadas por toda a Europa rumo ao Leste Europeu, como no exercício Defender Europe 2021, uma clara intimidação e cuidados contra a Rússia.

AP

O Kremlin disse em um comunicado que Putin e Biden discutirão “o estado atual e as perspectivas para um maior desenvolvimento das relações russo-americanas, questões de estabilidade estratégica”, além da cooperação na luta contra a crise global de saúde e os conflitos regionais na primeira Cúpula em Genebra no dia 16 de junho, disseram o Kremlin e a Casa Branca.

Segundo autoridades da Casa Branca, os líderes das potências planejam abordar uma “gama completa de questões urgentes, à medida que buscam restaurar a previsibilidade e a estabilidade da relação EUA-Rússia”, sinalizadas após a confirmação da prorrogação entre as partes por cinco anos do Tratado de Desarmamento Nuclear New START.

A cúpula Putin-Biden prepara o terreno para um novo capítulo na relação entre EUA e Rússia, após Biden retaliar sem sentido ou contexto a figura de Putin, descrevendo-o como um “assassino”, como defesa, o presidente russo rebateu as acusações do insano presidente americano descrevendo que foram os americanos que usaram bombas nucleares por duas ocasiões contra povos inocentes.

As supostas interferências da Rússia nas eleições americanas, ciberataques e acusações de envenenamento confluíram aos desmontes das relações bilaterais sob Administração Biden, além do mais, a Rússia prendeu supostos agentes secretos atuando em países aliados de Putin planejando golpe de Estado.

White House

Autoridades próximas ao secretário de Estado, Antony Blinken, mencionaram a intenção do secretário em visitar Kiev antes da Cúpula com Putin, isso soaria como ameaça ao fortalecimento das relações com a Rússia, pelo fato que estaria confirmando as posições de forças ucranianas em regiões ainda em disputa pelas Repúblicas separatistas pró-Rússia.

A prisão do crítico de Putin foi utilizada como política ocidental para enfraquecer o presidente russo e torna-lo acessível à queda do Executivo na Rússia e dar espaço a políticos e governos mais fracos e sensíveis com questões sociais e de grupos tendenciosos que se vitimizam.

O interesse do Ocidente pelo Leste Europeu e Ártico é claro, existem bilhões de toneladas de petróleo e gás na região, no entanto, mais de 400 campos de petróleo e gás em terra foram descobertos ao norte do Círculo Polar Ártico, cerca de dois terços dos campos de produção estão localizados na Rússia, principalmente no oeste da Sibéria.

Reprodução

A Cúpula de Genebra para o próximo mês dará oportunidade a Biden de se explicar frente a frente com Putin sobre a sua acusação de assassino, as sanções irrelevantes e o debate sobre os atritos da Ucrânia na região de Donbass.

Felipe Moretti

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Felipe Moretti
Felipe Moretti
Jornalista com foco em geopolítica e defesa sob registro 0093799/SP na Secretaria de Trabalho do Ministério da Economia. Especialista em análises via media-streaming há mais de 6 anos, no qual é fundador e administrador do canal e site analítico Área Militar. Possui capacidade técnica para a colaboração e análises em assuntos que envolvam os meios de preservação e manutenção da vida humana, em cenários de paz ou conflito.
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