O que se sabe sobre o ataque e suposta ligação de ucranianos às aldeias fronteiriças da região de Bryansk, na Rússia

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Houve um ataque armado na região fronteiriça da região de Bryansk, na fronteira extremo-oeste da Rússia com Ucrânia, nesta quinta-feira (02), e o presidente russo Vladimir Putin descreveu a ação como “um ataque terrorista”, durante uma conversa com participantes do programa educacional piloto “Escola de Mentores”.

As forças russas travaram um conflito armado forte contra um grupo de supostos ucranianos que se infiltrou na região de Bryansk e fez várias pessoas como reféns, e as autoridades da FSB, serviço de segurança russo, empurrou os terroristas em direção à Ucrânia com fogos de artilharia.

O chefe de Estado chamou a atenção para o fato de que agora os soldados e oficiais das Forças Armadas da Federação Russa estão cumprindo corajosamente seu dever de proteger a Rússia. Como resultado do ataque , dois civis foram mortos e uma criança ficou ferida.

Putin caracterizou os envolvidos como neonazistas e terroristas. “As tropas russas protegem a Rússia contra neonazistas e terroristas aqueles que torturaram e mataram pessoas no Donbass por oito anos, aqueles que mataram Daria Dugin (filha do mentor de Putin Alexander Dugin) em Moscou em 20 de agosto de 2022, aqueles que hoje cometeram outro ato terrorista, outro crime, penetraram na área de fronteira e abriram fogo contra civis “, disse Putin.

Ele enfatizou que os sabotadores viram que estavam atacando um veículo civil. “Observaram que civis e crianças estavam sentados ali, um Niva comum, abriram fogo contra eles”, disse o presidente.

Segundo ele, foram essas pessoas que se propuseram a privar os cidadãos da Rússia de sua memória histórica, suas tradições, língua e história. Putin citou o educador russo Konstantin Ushinsky como chamando as tentativas de roubar o povo de sua língua e cortar o elo que liga as gerações em “um todo grande, histórico e vivo” como “violência insuportável”.

Em meio a relatos de bombardeios e sabotagens esporádicas, as regiões fronteiriças da Rússia tornaram-se cada vez mais voláteis desde que Moscou invadiu a Ucrânia há um ano, no que chamou de “operação militar especial”.

A Ucrânia negou a responsabilidade pelo suposto ataque de sabotagem em Bryansk. O conselheiro sênior do presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy, Mykhailo Podolyak, disse no Twitter: “A história sobre o grupo de sabotagem ucraniano na Rússia é uma provocação deliberada clássica”.

Em dois vídeos que circulam online, homens armados que se autodenominam “Corpo de Voluntários Russos” disseram que cruzaram a fronteira para lutar contra o que eles chamam de “o sangrento regime de Putinista e do Kremlin”.

Descrevendo-se como “libertadores” russos, os homens pediram aos russos que pegassem em armas e se levantassem contra as autoridades. Eles disseram que não abriram fogo contra civis.

O trajeto dos agressores:

Houve penetração de sabotadores na aldeia de Lyubechane, localizada no distrito de Klimovsky, diretamente na fronteira com a Ucrânia. Os agressores, que Putin classificou como ucranianos neonazistas, dispararam contra o veículo.

Mais duas aldeias fronteiriças foram atacadas, Sushany (um drone foi lançado contra ela) e Lomakovka (bombardeio de morteiro).

O Kremlin também informou que a reunião do Conselho de Segurança da Federação Russa ocorrerá , conforme planejado, em 3 de março. Uma reunião de emergência em 2 de março não é esperada.

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