Apesar da escalada das tensões no Oriente Médio, rico em petróleo, os preços do petróleo caíram na segunda-feira, já que os investidores estavam preocupados principalmente com a queda da demanda na China e o excesso de oferta global.
O preço do barril de petróleo Brent, a referência global, subiu ligeiramente no início do pregão, mas caiu 0,6% às 7h31, horário do leste dos EUA, ficando um pouco acima de US$ 71. O West Texas Intermediate, a referência dos EUA, caiu 0,8%, sendo negociado a quase US$ 68.
Ainda está bem abaixo dos níveis de US$ 88 e US$ 86 que os contratos atingiram, respectivamente, logo após o ataque mortal do Hamas a Israel em outubro passado.
Os recentes ataques aéreos de Israel contra o Hezbollah e os Houthis não “afetam materialmente o fornecimento global de petróleo”, escreveu Daniel Casali, estrategista-chefe de investimentos da Evelyn Partners em Londres, em uma nota na segunda-feira.
“No entanto, se Israel atacar profundamente o Irã em suas instalações nucleares, isso poderá levar a uma resposta de Teerã que interromperá o fluxo de petróleo e gás do Oriente Médio… (levando) a preços de petróleo muito mais altos”, acrescentou.
Preocupações com a fraca demanda por petróleo na China, o maior importador de petróleo do mundo, ajudaram a manter os preços sob controle nos últimos meses, assim como a produção recorde dos Estados Unidos.
Em junho, a Agência Internacional de Energia disse que espera que o crescimento na produção global de petróleo “infle a capacidade de reserva (de petróleo) do mundo” para níveis vistos apenas uma vez antes, durante a pandemia do coronavírus, quando os preços do petróleo despencaram. Até 2030, o suprimento global de petróleo ultrapassará a demanda em “impressionantes” 8 milhões de barris por dia, a agência também previu.
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