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BRASÍLIA — Durante os primeiros nove meses deste ano, as exportações brasileiras de produtos de defesa totalizaram US$ 1,1 bilhão, ou 63% a mais que em 2022, quando o país registrou US$ 648,5 milhões em vendas de exportação de produtos de defesa. O resultado acumulado de 2023 é o terceiro melhor quando comparado aos números alcançados na última década. Entre os itens mais exportados no ano estão armas, munições, explosivos e aeronaves (asa fixa e asa rotativa).
Este mês, a Embraer vendeu mais cinco aeronaves KC-390 para a Áustria (A Áustria diz que está comprando apenas quatro – Ed.) e outros cinco para a Holanda, reafirmando o crescimento da indústria de defesa nacional, setor que, no Brasil, representa cerca de 5% do Produto Interno Bruto (PIB) e gera 2,9 milhões de empregos diretos e indiretos. O Brasil é o maior exportador de produtos de defesa da América do Sul.
“No início do governo, o presidente Lula nos deu uma missão: impulsionar a Base Industrial de Defesa (BID), setor extremamente estratégico para o país, com alta capacidade de geração de renda e empregos. Os resultados até agora mostram que estamos no caminho certo. Com o Novo PAC teremos mais investimentos e, consequentemente, isso nos ajudará a desenvolver ainda mais a indústria de defesa brasileira”, destacou o ministro da Defesa, José Mucio Monteiro.
PAC Defesa – Os recursos destinados à Defesa por meio do Novo PAC totalizam R$ 53 bilhões e serão utilizados para dotar o país de tecnologias de ponta e aumentar a capacidade de defesa nacional, além de fortalecer o BID, gerando mais empregos e renda. O eixo Defesa do PAC abrange projetos estratégicos para as Forças Armadas, como equipamentos navais, terrestres, aéreos e sistemas integrativos.
O secretário de Produção de Defesa, Rui Chagas Mesquita, atribui os resultados positivos nas exportações à intensificação das parcerias e das relações comerciais. “Para chegar a esse patamar, trabalhamos na promoção comercial de nossos produtos, serviços e sistemas de defesa. Participamos de feiras e exposições no Brasil e no exterior, fortalecemos o diálogo com o BNDES, parceiro estratégico, e houve intenso diálogo entre o Ministério da Defesa e o BID, com parlamentares e agências de desenvolvimento. É também importante destacar o elevado valor tecnológico acrescentado dos nossos produtos de defesa reconhecidos internacionalmente”, afirmou.
BID – É o conjunto de empresas estatais ou privadas que participam na pesquisa, desenvolvimento, produção, distribuição e manutenção de produtos estratégicos de defesa (bens e serviços) que contribuem para os objetivos relacionados com a segurança ou defesa do país.
O BID conta com 290 empresas cadastradas no Ministério da Defesa. O portfólio brasileiro é composto por 1.365 produtos, como aeronaves, embarcações, soluções cibernéticas para proteção de dados, radares, sistemas de comunicação seguros e armas, entre outros itens de alta tecnologia.
-termina-
