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Em 4 de outubro de 2023, foi realizado o primeiro corte de aço para o futuro submarino de ataque nuclear do Brasil, Álvaro Alberto, em cerimônia realizada pela Marinha do Brasil e pela estatal brasileira Itaguaí Construcoses Navais (ICN).
Atualmente, as disposições contratuais são para a construção de um único submarino desta classe. No entanto, alguns relatórios sugerem que é provável que sejam construídos três, possivelmente com uma segunda ronda de três – para um total final de seis.
Espera-se que o programa de submarinos nucleares do Brasil tenha um custo inicial total de US$ 7,4 bilhões, que inclui tecnologia, infraestrutura, logística e construção do primeiro barco.
O custo unitário do segundo SSN brasileiro e seguintes foi sugerido em cerca de US$ 1,2 bilhão, mas é muito provável que seja muito mais alto.
O programa brasileiro de SSN foi especialmente atingido pela pandemia da COVID-19. Com grandes trabalhos ainda necessários nos estaleiros de construção de submarinos nucleares, são prováveis atrasos extensos. Para agravar esta questão, a COVID também impactou gravemente a França, uma vez que as empresas francesas suportaram longos confinamentos. Além disso, houve relatos de que os escritórios de design franceses já estavam sobrecarregados com trabalhos realizados no âmbito do programa Barracuda da Marinha Francesa e do contrato de submarinos da classe Australian Attack. (Desde então, a Austrália cancelou o contrato com a França, a fim de desenvolver submarinos de propulsão nuclear em parceria com os EUA e o Reino Unido, agora conhecidos como AUKUS.)
Tudo isso fez parte do caos que cercou os anos pandêmicos de 2020-2022, mas o programa brasileiro de submarinos nucleares sofreria um golpe pior. Começaram a se espalhar notícias de que um trabalho significativo de redesenho deveria ser realizado nos reatores destinados ao programa. Estes relatórios sugeriram que as mudanças necessárias eram suficientemente extensas para exigir a recertificação dos reatores. Somente esse processo pode levar até cinco anos.
Qualquer que seja a combinação precisa de eventos, a entrega do primeiro SSN brasileiro foi adiada, com um cronograma mais realista colocando o submarino em ação por volta de 2034.
((Este artigo foi publicado pela primeira vez no site da Forecast International Monitor de Defesa e Segurança blog.)
-termina-