Na última terça-feira (21), Vladimir Putin anunciou que a Rússia suspendeu a participação no Tratado de Reduções Ofensivas Estratégicas, um tratado para diminuir e limitar mutuamente as armas nucleares estratégicas assinado entre os EUA e a Rússia em 2002.
O Tratado de Reduções Ofensivas Estratégicas (SORT) de 2002 foi encerrado quando o Novo Tratado START entrou em vigor em 5 de fevereiro de 2011, e o New Start restringem os Estados Unidos e a Rússia a 1.550 ogivas estratégicas implantadas cada. As ogivas realmente implantadas em ICBMs e SLBMs contam para esse limite, enquanto cada bombardeiro pesado implantado equipado para armamentos nucleares, seja com bombas de gravidade ou ALCMs, conta como uma ogiva.
Com base nisso, o parlamento da Rússia decidiu nesta quarta-feira (22) suspender a participação de Moscou no novo tratado START, enquanto autoridades se posicionam para culpar os Estados Unidos e o Ocidente pelo rompimento do último pacto nuclear remanescente entre Washington e Moscou.
Inclusive muitos já destacam a falta de compromisso dos EUA que sancionaram todos os voos partindo ou destinando à nação russa por conta do conflito na Ucrânia, ou seja, todos os voos específicos foram proibidos entre nações aliadas dos EUA diretamente para a Rússia, isso impedia que inspetores nucleares da Rússia viajassem até os EUA para acompanharem as atividades nucleares com base nas cláusulas do New Start.
Já os EUA dizem o contrário, que a Rússia quem decidiu não viajar até a América bem como não permitir que a chegada de autoridades nucleares em solo russo. Mas como fariam isso se há sanções impostas pelo próprio ocidente? Quem está falando a verdade neste jogo de cegos?
Em sessão na manhã de quarta-feira, a Duma Estatal da Rússia, a câmara baixa, votou pela aprovação da suspensão do tratado. O Conselho da Federação, a câmara alta do parlamento, deveria votar a mesma proposta depois das 15:00 (12:00 GMT) em Moscou.
O ex-presidente da Rússia, Dmitry Medvedev, que agora é vice-presidente do Conselho de Segurança do país, disse que a medida foi uma resposta “há muito esperada” aos Estados Unidos e à Otan que efetivamente declararam guerra à Rússia.
