Na Polónia, com a participação do Presidente e Primeiro-Ministro do país, Andrzej Duda e Mateusz Morawiecki, foi inaugurado neste sábado, 17 de setembro, um canal de água para navegação através do Cordão de Vístula, ao qual anteriormente se opunha ativamente a Rússia, com a região de Kaliningrado, no Mar Báltico.
A abertura do canal, que faz da cidade de Elblong um porto marítimo, ocorreu simbolicamente no 83º aniversário do ataque da União Soviética à Polônia.
Como enfatizou o PM Duda, a abertura desta nova hidrovia, que permitirá a entrada de navios na baía de Gda?sk sem impedimentos ao porto de Elbl?g, é uma “grande vitória para a Polônia” e para todos aqueles que entendem o significado da palavra “soberania”.
O PM observou que, desde 1945, a entrada na baía do Vístula era praticamente impossível sem o consentimento da Rússia. O líder polaco observou que anteriormente havia muitos obstáculos criados artificialmente para a entrada de navios em Elblong, pelo que a importância deste porto diminuiu significativamente nas últimas décadas.
Tudo começou em 2017, após o governo polaco decidir iniciar a construção de um canal de água através do Cordão de Vístula, que continuou a partir de 2018. Graças a isso, os navios poderão chegar ao porto polonês de Elblong sem entrar nas águas territoriais da Rússia.
O canal tem cerca de 1 km de comprimento, 60 metros de largura e cinco metros de profundidade. Prevê-se que navios de até 100 metros de comprimento, 20 m de largura e com um calado de até 5 m possam entrar no porto de Elbl?g através do canal e da Baía de Vístula para Elbl?g que fica a 23 km.
O custo total do investimento é de 2 bilhões de zlotys (mais de US$ 400 milhões, ou 2 bilhões de reais em cotação do dólar a R$ 5,2). A partir de 18 de setembro, estará disponível para o tráfego de navios.
No início da implementação do investimento, a Rússia protestou ativamente contra isso. Em particular, Moscou ameaçou bloquear a construção do canal, usando argumentos de que prejudicaria o ecossistema da região, prejudicaria a pesca e, portanto, a economia da região.
A Rússia também acusou a Polônia de não cumprir as convenções internacionais, em particular no âmbito da Comissão de Proteção do Meio Ambiente Marinho do Báltico (HELCOM).
Foi a medida mais mais importante da Polônia agora que os navios poderão entrar neste porto sem o consentimento de um país hostil, que não hesita em atacar e escravizar outros, acrescentou o Presidente polaco.
Para assistir como foi toda a construção assista ao vídeo abaixo: