O presidente russo, Vladimir Putin, ordenou que suas tropas observassem um cessar-fogo temporário na Ucrânia durante o Natal ortodoxo de 6 a 7 de janeiro, anunciou o Kremlin na quinta-feira.
A decisão segue os apelos do líder espiritual da Rússia, Patriarca Kirill, e do presidente turco Recep Tayyip Erdogan na quinta-feira por um cessar-fogo no conflito de 10 meses, embora não haja indícios de que a breve cessação das hostilidades levará à mesa de negociações, como Ergodan havia sugerido em um telefonema com Putin no início do dia.
“Levando em consideração o apelo de Sua Santidade o Patriarca Kirill, instruo o ministro da Defesa da Federação Russa a introduzir um cessar-fogo das 12h00 de 6 de janeiro de 2023 às 24h00 de 7 de janeiro de 2023 ao longo de toda a linha de contato entre os lados na Ucrânia”, disse o Kremlin em um comunicado.
O Kremlin instou Kiev a seguir seu exemplo e ordenar que os militares ucranianos observem um cessar-fogo também. “Com base no fato de que um grande número de cidadãos ortodoxos vive nas áreas de hostilidades, pedimos ao lado ucraniano que declare um cessar-fogo e permita que os cidadãos participem dos serviços de Natal”, disse o comunicado.
Kiev rejeitou a proposta do Kremlin, no entanto, chamando-a de “armadilha cínica”.
“A Igreja Ortodoxa Russa pediu o genocídio dos ucranianos, incentivou o assassinato em massa e insiste na militarização ainda maior da Rússia. Portanto, a declaração sobre a ‘trégua de Natal’ é uma armadilha cínica e um elemento de propaganda”, disse Mikhail Podolyak, conselheiro sênior do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.