Rússia acusa Ucrânia de executar pelo menos 10 prisioneiros de guerra

O Ministério da Defesa Russo afirmou ter "novas evidências de um massacre de prisioneiros de guerra russos desarmados por militares ucranianos.

O Ministério da Defesa da Rússia acusou na sexta-feira, 18 de novembro, o governo de Kiev de executar pelo menos 10 prisioneiros de guerra no que Moscou disse constituir um “crime de guerra”, a mais recente alegação de abusos após quase nove meses de combates na Ucrânia.

As reivindicações de Moscou vêm depois que a ONU publicou nesta semana um relatório dizendo que prisioneiros de guerra de ambos os lados foram submetidos a tortura e maus-tratos.

“Ninguém será capaz de pintar o assassinato deliberado e metódico de mais de 10 soldados russos contidos… que foram baleados na cabeça, como uma exceção trágica”, disse o ministério em um comunicado.

A declaração veio enquanto vídeos circulavam nas mídias sociais em língua russa que pretendem mostrar os corpos de militares russos que se renderam e foram mortos.

Um vídeo mostra soldados aparentemente se rendendo a vários militares camuflados e usando braçadeiras amarelas. Os soldados que se entregam estão deitados no chão no quintal de uma casa cheio de entulhos.

O vídeo é interrompido abruptamente quando os tiros são ouvidos.

Outro vídeo filmado de cima mostra os corpos de cerca de uma dúzia de pessoas cercadas por aparentes manchas de sangue.

Não foi possível verificar de forma independente a autenticidade dos vídeos e o Ministério da Defesa da Rússia não disse quando a filmagem foi filmada.

O Conselho de Direitos Humanos da Rússia disse que as supostas execuções ocorreram no vilarejo de Makiivka, na região de Luhansk, no leste da Ucrânia, que o exército ucraniano disse ter recapturado esta semana.

“Vamos pedir uma reação e uma investigação da comunidade internacional”, disse o presidente do Conselho de Direitos Humanos, Valery Fadeyev, nas redes sociais.

O ministério afirmou que os vídeos representam “novas evidências de um massacre de prisioneiros de guerra russos desarmados por militares ucranianos” e disse que “o assassinato brutal de prisioneiros de guerra russos não é o primeiro e nem o único crime de guerra” cometido por forças ucranianas.

Moscou também acusou os aliados ocidentais da Ucrânia de fechar os olhos aos supostos abusos cometidos pelos militares ucranianos.

Kiev seria responsabilizado por “cada prisioneiro torturado e morto”, dizia o comunicado. Não houve resposta imediata às alegações das autoridades ucranianas.

As alegações de Moscou vêm um dia depois que um tribunal holandês condenou dois homens russos e um ucraniano à prisão perpétua pela queda do voo MH17 da Malaysia Airlines sobre a Ucrânia em 2014.

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